Anprotec aponta necessidade de consolidação da plataforma de gestão de incubadoras no AM

25/07/2012 – Consolidar a plataforma de gestão das incubadoras de empresas instaladas no Amazonas. Esse é o principal desafio apontado pela presidente da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), Francilene Garcia, uma das responsáveis pelo desenvolvimento do mais recente estudo realizado no país acerca do tema.

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Intitulado Estudo, análise e proposições sobre as incubadoras de empresas no Brasil, o relatório foi produzido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) em parceria com a Anprotec. O lançamento ocorreu durante a edição especial do Fórum conjunto dos Conselhos Nacionais de Secretários Estaduais para Assuntos de CT&I (Consecti) e das Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap), que encerra nesta quarta-feira (25), tendo sido realizado como parte da programação da 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

De acordo com Garcia, é necessário acompanhar mais de perto o funcionamento das incubadoras instaladas no Amazonas. Segundo ela, assim como acontece em outras regiões do país, conforme aponta o próprio estudo, uma das prioridades é consolidar a questão da plataforma de gestão, com especial destaque para a qualificação dos profissionais responsáveis.

Uma das iniciativas a serem adotadas, dentro em breve, pela própria Anprotec em parceria com o Serviço de Apoio a Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) de maneira a amenizar essa questão é o lançamento de uma plataforma de apoio à gestão. A implantação dessa plataforma em 44 redes de incubadoras espalhadas pelo Brasil tem por finalidade uniformizar melhor não só os procedimentos de gestão que essas incubadoras possuem, como também a coleta de indicadores, o que vai nos permitir acompanhar esse movimento no país e assim, contribuir para a efetivação de uma política nacional de apoio a incubadoras de empresas no Brasil, destacou.

A presidente da Anprotec disse ainda que quando se fala em termos de estado do Amazonas, é importante levar em conta que essas iniciativas (incubadoras) partem de um aspecto importante: o uso de maneira sustentável da biodiversidade da região”. Então, segundo ela, é importante avaliar como os ambientes das incubadoras estão contribuindo para ampliar o nível de competitividade dos empreendimentos neles instalados, com foco em áreas estratégicas; absorver a mão de obra qualificada oriunda, principalmente, das universidades e originar novas oportunidades de investimentos para o Estado.

Atuação SECTI-AM

A presidente da Anprotec destacou as ações da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas (SECTI-AM) no sentido de compreender o cenário do movimento de incubadoras no estado e atuar a partir das políticas públicas locais visando ao avanço e consolidação desses ambientes.

Francilene Garcia considera que o Amazonas possui um papel importante no uso de maneira correta e sustentável da biodiversidade da região e ressalta que as incubadoras são relevantes nesse cenário, uma vez que esses espaços são extremamente apropriados para acompanhar as empresas desde a fase inicial, que compreende o estudo de viabilidade, até a sua formalização e a sua presença no mercado efetivamente.

Sobre o estudo

O Estudo, análise e proposições sobre as incubadoras de empresas no Brasil, lançado durante o fórum Consecti/Confap, teve por objetivo fazer o levantamento das informações e dos indicadores acerca das incubadoras brasileiras. A iniciativa de sistematização da pesquisa foi motivada pela necessidade de se ter um instrumento para subsidiar o surgimento e manutenção de empresas inovadoras.

Produzido em 2011, o estudo apontou aspectos importantes, como a necessidade de qualificação dos profissionais responsáveis pelas empresas incubadas. Outro ponto destacado na pesquisa foi com relação à questão do nível de articulação das incubadoras, bem como um retrato de suas origens, que vai desde universidades, órgãos governamentais até espaços mais orientados ao fomento do empreendedorismo social.

O relatório técnico aponta ainda a existência de 16.394 postos de trabalho nas 2.640 empresas instaladas em 384 incubadoras no Brasil. O documento revela também que o faturamento anual das empresas está em torno de R$ 533 milhões e que as 2.509 empresas que já passaram por incubadoras, chamadas de graduadas, geram atualmente 29.205 postos de trabalho e faturam cerca de R$ 4,1 bilhões por ano.

Fonte: CIÊNCIA em PAUTA, por Lisângela Costa