Observação, tomada de decisão e ação são as bases do Projeto GEO-PICTURES
Conforme destacou o Secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, Odenildo Sena, durante a Coletiva à Imprensa realizada na Escola Superior de Tecnologia (EST), no dia 03/10, as consequências das mudanças climáticas globais começam a afetar as populações de forma mais sucessivas.
Neste cenário, o monitoramento do ambiente torna-se imprescindível para se evitar danos à população em caso de catástrofes ambientais. “O GEO-PICTURES ataca em duas frentes: na prevenção e na rapidez da divulgação e do compartilhamento de informações para que providências sejam tomadas”, afirmou Odenildo Sena.
O coordenador do Projeto, Harald Skinnemoen, explicou que a ação do GEO-PICTURES baseia-se na observação, por meio de todas as informações disponíveis (fotos, vídeos, imagens de satélite e relatórios são alguns exemplos). Após essas informações serem processadas por especialistas, uma decisão é tomada. E por fim, uma ação é definida, podendo ser: ignorar, monitorar o que está acontecendo ou agir, a partir de um planejamento elaborado com base nas informações coletas e mantendo sempre o contanto com que está em campo.
A coordenadora do GEO-PICTURES na Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Maria Betânia Leal de Oliveira, afirmou que, no Amazonas, a UEA realiza a parte da observação. “Nós temos, desde o ano passado, uma estação meteorológica, que estamos integrando ao sistema do Projeto GEO-PICTURES”, afirmou. “Para integrar não é simplesmente enviar o dado, você precisa ter um formato específico do aplicativo e por isso, temos uma equipe trabalhando para desenvolver um software. Também estamos atuando na parte de pesquisa, para coletar o nível do igarapé, monitorar a cobertura de nuvens”, exemplificou Maria Betânia. O secretário Executivo Adjunto da SECTAM, Dalton Vilela, antecipou que no Igarapé do Mindu, serão instaladas câmeras de vídeo e um sensor de nível que vai constantemente verificar o que está acontecendo no Igarapé.
Da teoria para a prática
Durante o treinamento realizado no dias 2 e 3/10, as equipes puderam conferir, na prática, a dinâmica do Projeto. Duas equipes foram a campo (nas proximidades da EST), enquanto um grupo coletava informações (fotos georreferenciadas) e enviava via terminal BGAN (que permite acesso à Banda Larga – via Satélite de qualquer ponto do planeta) à sala de controle, a outra equipe integrava aquelas informações à base que já contempla dados georreferenciados de outras catástrofes. A partir daí, estavam aptos a planejar a ação.
O treinamento avaliou como é a aplicação e a viabilidade do uso desta tecnologia no cenário Amazônico. O Secretário Executivo do Subcomando de Ações de Defesa Civil (Subcomadec), Coronel Roberto Rocha, afirmou que naquele momento o que estava sendo avaliado justamente era a resposta ao desastre e a prevenção. “O monitoramento é uma das fases mais importantes porque a gente vai ver os indicativos: terras caídas, elevação do nível do rio ou então uma vazante que, em comparativo com o histórico, subsidiam a tomada de decisões”, exemplificou.
Parcerias pelo desenvolvimento
Outro aspecto ressaltado pelo Secretário de C&T, Odenildo Sena, foi que o mundo está percebendo o quanto é conectado. “Uma catástrofe, por exemplo, aqui, no Amazonas, tem repercussão em outras regiões do planeta. Portanto, é preciso que os países trabalhem juntos, compartilhem pesquisas, tecnologias e inovação”, disse.
O Projeto GEO-PICTURES é um exemplo da soma de esforços de instituições e países diferentes. Sob a coordenação da Empresa Ansur Technologies AS da Noruega, o projeto de monitoramento de catástrofes GEO-PICTURES resulta da parceria internacional entre o Brasil e a Comunidade Europeia. No Amazonas integra esforços do Governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia (SECTAM), da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e do Subcomando de Ações de Defesa Civil (Subcomadec), juntamente com a Universidade Federal do Amazonas (UFAM).
Imagem 2: Secretário Executivo Adjunto da SECTAM, Dalton Vilela, e Harald Skinnemoen, coordenador do GEO-PICTURES (Autoria: CIÊNCIA EM PAUTA/SECTAM).
Imagem 3: Maria Betânia Leal de Oliveira, coordenadora do GEO-PICTURES na UEA (Autoria: CIÊNCIA EM PAUTA/SECTAM).
CIÊNCIA EM PAUTA/SECTAM (Contato: 92 4009-8110)