Fórum de Inovação: conhecer mais para agir melhor
Conciliar as necessidades do setor produtivo do Amazonas às competências das Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs) é um dos desafios do Fórum de Inovação do Amazonas, capitaneado pela Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (SECTAM).
O propósito do Fórum no momento é conhecer o cenário atual para então planejar ações que possibilitem a incorporação da inovação pelas empresas no Estado, em interação com o conhecimento desenvolvido nas instituições de ensino e pesquisa.
Os primeiros resultados foram apresentados durante a 3ª Reunião do Fórum de Inovação do Estado do Amazonas, presidida pelo Secretário Executivo da SECTAM, Marcelo Vallina, que foi realizada ontem, dia 30 de agosto de 2011, no Auditório Floriano Pacheco, Sede da Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA). “Vamos trabalhar o tempo todo com as informações que estamos captando agora. Daqui já vamos deliberar nossa forma de atuação a partir das diversas estratégias construídas em conjunto”, antecipou Vallina.
O Fórum integra dois Grupos de Trabalho (GT): um que identifica as competências das Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs) no Amazonas e o outro GT que busca averiguar as necessidades do Setor Produtivo do Estado.
Camila da Costa Pinto, da Gerência de Projetos da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), apresentou a metodologia de mapeamento de informações nas ICTs. De posse do formulário apresentado ontem, nos próximos meses, este GT estará em campo para os levantamentos nas Instituições Científicas e Tecnológicas, buscando informações como competências tecnológicas, serviços oferecidos, infraestrutura laboratorial, propriedade intelectual, em quais segmentos poderia aplicar a tecnologia que desenvolve, e outras.
O GT do Setor Produtivo, que definiu como prioritários os segmentos de eletrônicos, duas rodas, plásticos, fitocosméticos e indústria naval, apresentou durante a 3ª Reunião do Fórum de Inovação dados da indústria naval. Conforme explicou o Secretário Executivo Adjunto da SECTAM, Dalton Vilela, a Secretaria de Estado de Planejamento (SEPLAN) e a SUFRAMA, já tem um planejamento de ações para este segmento. O Fórum pretende reforçar as iniciativas já encaminhadas. “Muitas dessas empresas precisam de apoio para aprimorar a capacidade para desenvolver projetos (gestão de projetos) ou não dispõem de recursos para financiar projetos”, afirmou Dalton sinalizando que já estão em curso negociações com a FAPEAM para apoiar iniciativas do Fórum.
O Analista da Coordenação de Estudos Econômicos e Empresariais (COGEC) da SUFRAMA, Evandro Brandão Barbosa, destacou que no Amazonas, o setor naval “existe desde sempre e as pessoas que dependem dele sabem o quanto é importante para o Estado”. Ele salientou que existem empresas que se destacam neste segmento, mas também há o problema da informalidade. “Quando apoiamos o setor estamos contribuindo para resolver este problema”, afirmou.
Os integrantes do Fórum então deliberam a criação de um grupo específico para o setor naval, que será coordenado por Evandro Barbosa. Este grupo busca articular iniciativas do segmento com a Suframa, o CETAM, a UFAM, a UEA e a SECTAM.
Guajarino de Araújo Filho, do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Inovação da Fucapi (NEPI) reforçou a importância dessa iniciativa. “A gente precisa esclarecer que é possível fazer inovação em vários momentos. Ficou clara para mim, a vontade das empresas do polo naval se aproximarem das instituições de ensino e pesquisa”.
Na próxima reunião, que acontece dia 28 de outubro, são esperados resultados mais específicos, principalmente para o setor naval e outros encaminhamentos para os demais setores.
Outros destaques. A 3ª Reunião do Fórum de Inovação também possibilitou a divulgação de outros temas atuais e relevantes no cenário da ciência e tecnologia como a proposta para o novo Marco Legal de Ciência e Tecnologia, que naquele momento estava sendo apresentado pelo Secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, Odenildo Sena, à Chefe da Casa Civil, Gleisi Helena Hoffmann, ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCT&I), e às presidências da Câmara dos Deputados e Senado Federal. “Agora começamos uma nova fase, mais complexa, mas de vital importância”, afirmou o secretário Executivo do SECTAM, Marcelo Vallina. “É importante que estejamos antenados, que sensibilizemos nossa rede de contatos para que o marco Legal da Ciência e Tecnologia aconteça. Não são outras pessoas que vão lutar, somos nós mesmos”, conclamou a diretora-presidente da Fundação de Amparo a Pesquisas do Amazonas (FAPEAM), Maria Olívia Simão.
Outros temas também compuseram a seção de informes, como o Novo Radar de Oportunidades, a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia do Amazonas e os cursos oferecidos pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) e pela Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) e o MCT&I.