Mercadante lança o programa Ciência Sem Fronteira
O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, apresentou, nesta terça-feira (26) o programa “Ciência Sem Fronteiras”, que vai custear 100 mil bolsas de intercâmbio nas principais universidades do exterior para estudantes, desde o nível médio ao pós-doutorado. A intenção é promover o avanço da ciência, tecnologia e competitividade do Brasil.
O anúncio foi feito durante a 38ª reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), com a presença da presidente da República, Dilma Rousseff e de ministros da área econômica do governo.
Engenharia é a prioridade do programa de bolsas no exterior
O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, explicou que Engenharia é a disciplina prioritária do programa Ciência sem Fronteiras. Atualmente, a maioria das bolsas no exterior é destinada à área de ciências humanas, enquanto o setor de engenharia representa a minoria dos estudantes. Para o ministro, esse déficit pode prejudicar o desenvolvimento econômico do país.
Ao todo, o programa destinará 100 mil bolsas de intercâmbio para diversos níveis de estudo, do ensino médio ao doutorado. Essa concessão será custeada com parceria público-privada, sendo 75 mil bolsas desembolsadas pelo governo federal e 25 mil com a colaboração de empresas da iniciativa privada. As áreas estratégicas do programa são engenharias, ciências básicas e tecnológicas.
“O programa é um esforço do Estado brasileiro para dar um salto quântico na formação de uma elite científica, tecnológica e nas engenharias que permite ao Brasil avançar com sustentabilidade em direção à inovação, à competitividade e à liderança empresarial em setores estratégicos”, disse Mercadante na reunião, no Palácio do Planalto,.
Serão contemplados os estudantes com produção científica diferenciada, alunos premiados em olimpíadas científicas e que já tenham completado no mínimo 40% e no máximo 80% dos créditos necessários para obtenção do diploma.
Os estudantes e pós-doutores serão treinados nas melhores instituições disponíveis, prioritariamente entre as 50 mais bem classificadas nos rankings da Times Higher Education e QS World UniversityRankings.
Para a presidente Dilma Rousseff, o país precisa reconhecer que há falhas e fraquezas na formação de ciências exatas, engenharias e saúde. “Se a gente as reconhece, damos um passo para o fortalecimento. Essa iniciativa é fundamental para o futuro”, disse. Segundo a presidente, o programa ajuda a suprir a carência de engenheiros nos projetos de infraestrutura e pesquisa do país.
Fonte: MCT