Carlos Nobre destaca potencial da ciência para evitar mortes

O papel da ciência para evitar mortes diante de fenômenos naturais extremos foi destacado ontem (11/07) pelo secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento, do Ministério da Ciência e Tecnologia (Seped/MCT), Carlos Nobre, na 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O evento está em curso no campus da Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia (GO), até sexta-feira (15/07). Na ocasião, Nobre apresentou aos visitantes o Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

“Hoje, a ciência consegue anteceder aos desastres naturais com tempo suficiente para se evitar desastres com vítimas. Sem um sistema de alerta não há o que se fazer para evitar as catástrofes. Sem o alerta, a Defesa Civil só pode agir no país depois que o fato aconteceu e, com isso, apenas no sentido de reparar as perdas”, explicou. Para o secretário, o Cemaden é uma grande oportunidade contra novas baixas em áreas de risco.

Em sua apresentação na ExpoT&C, mostra de ciência, tecnologia e inovação, o secretário do MCT garantiu que o sistema entrará em funcionamento a partir de novembro. E também que cerca de 25 cidades terão o monitoramento atuando 24 horas por dia. “Começaremos com as cidades que possuem cartas geotécnicas prontas. Essas cartas é que nos possibilitam identificar a região que tem áreas com risco de desastres”, salientou.

Ele disse que o evento da SBPC é uma grande festa cívica da ciência brasileira. “Poder apresentar o Centro de Monitoramento na Reunião Anual é uma grande satisfação”, afirmou.

O Decreto Nº 7.513, que cria o Cemaden, foi publicado no Diário Oficial da União no início do mês. A sala de situação responsável por emitir os sinais será instalada na unidade do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em Cachoeira Paulista (SP). Durante quatro anos, período de instalação total do sistema, serão investidos R$ 250 milhões.

Fonte: MCT