Encontro de lideranças do AM aponta desenvolvimento sustentável

Cerca de 40 representantes das comunidades ribeirinhas das Unidades de Conservação atendidas pelo Programa Bolsa Floresta participaram ontem do encerramento do V Encontro de Lideranças das Unidades de Conservação, na sede da Fundação Amazonas Sustentável, em Manaus.

O encontro teve como objetivo avaliar os resultados do Programa Bolsa Floresta, elaborar um planejamento estratégico para o desenvolvimento estratégico nas Unidades de Conservação e promover o encontro dos atores responsáveis pela cadeia produtiva dos recursos naturais do estado do Amazonas.

A programação foi composta por palestras, oficinas e debates, com destaque para a oficina sobre mudanças climáticas e para “ I Encontro de Negócios Sustentáveis”. Neste, os representantes das UC tiveram contato com empresas e instituições que participam ou estimulam a produção sustentável de produtos da Amazônia, a fim de firmar parcerias que possam alavancar a economia da região.

Participaram da discussão a Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (FUCAPI), a empresa Magia Amazônica, Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS), Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS) e Indústria de Beneficiamento da Borracha de Iranduba.

No período da tarde, a comitiva se descolou até o município de Iranduba (25 km de Manaus), onde conheceu a Indústria de Beneficiamento de Borracha, do empresário Osmar Andrade.

Segundo a coordenadora do Programa Bolsa Floresta, Valcléia Solidade, a participação dos representantes das UC foi bastante ativa no encontro e a discussão sobre o “mercado verde” serviu como capacitação para que os moradores dessas regiões tenham contato direto com a indústria e os órgãos os setor, sem intermediários.

Para Etoroy Ramos, morador da Comunidade de Pinheiro, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Piagaçu/Purus (Rio Purus/Amazonas), o encontro permitiu a discussão sobre as melhorias e dificuldades do PBF e deu estímulo à produção dos agricultores depois do contato direto com o empresariado.

“Estou muito satisfeito. Nossa reserva tem um potencial muito grande, como o açaí, a castanha, só pra citar dois exemplos. O que a gente percebeu foi que o mercado está aí, a floresta também. Vai depender só da nossa produção agora!” afirmou, entusiasmado.

Imagem 2: Representantes das Unidades de Conservação visitam fábrica de beneficiamento (foto: Felipe de Paula).

Fonte: Fundação Amazonas Sustentável, por Felipe de Paula