CLBI realiza com sucesso a Operação Camurupim
Foi realizada com sucesso, ontem (11), com o lançamento do foguete Orion V04, a última fase da Operação Camurupim, a partir do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), no Rio Grande do Norte. O objetivo principal da missão era lançar e rastrear o foguete de Orion V04 com a finalidade de receber operacionalmente o lançador Móvel de Foguetes de Sondagem, fabricado na Alemanha. O presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB/MCT), Marco Antonio Raupp, esteve presente no lançamento.
O veículo espacial foi lançado às 14h48, atingiu o apogeu de 100 quilômetros e teve alcance de 80 quilômetros. O tempo de voo foi de 320 segundos. “Todos os objetivos da missão foram cumpridos. O principal legado da operação foi o treinamento da equipe do CLBI para operar o Lançador Móvel”, afirmou o coordenador geral da Operação Cumurupim, Avandelino Santana Junior.
Os objetivos secundários da missão eram manter a operacionalidade dos centros de lançamento, treinar as diversas equipes envolvidas em campanhas de lançamento de veículos espaciais, receber treinamento do Centro Espacial Alemão (DLR, sigla em alemão) para futura utilização do Lançador Móvel e continuar o processo de avaliação do veículo Orion como foguete de treinamento.
Não foram embarcados experimentos no foguete porque o voo era de demonstração de veículo de treinamento para centros de lançamento. A carga útil foi desenvolvida pelo DLR e era tecnológica, com apenas instrumentos para rastrear e coletar dados do voo. No entanto, essa carga útil prevê espaço físico e interfaces elétricas e mecânicas para inclusão de um ou mais experimentos sempre que houver interesse.
Segundo o presidente da AEB, a missão trará mais dinâmica ao Programa Espacial Brasileiro. “Ter a capacidade de lançar e operar satélites é cumprir todas as etapas do programa. Não podemos queimar etapas, pois estamos interessados em desenvolver tecnologia”, afirmou.
De acordo com o diretor do CLBI, Luiz Guilherme Silveira de Medeiros, a comprovação da eficiência do Lançador Móvel poderá permitir lançamentos com menor dispersão de impacto. A contínua utilização do Orion poderá fazer com que ele seja usado tanto como para treinamento quanto para a realização de experimentos. “A possibilidade de uso de propulsores gratuitos permitirá ao Brasil construir foguetes de baixo custo para treinamento de centros de lançamento e para oferta às universidades na realização de experimentos tecnológicos e científicos”, observou Medeiros.
Além do CLBI e DLR, participaram da missão a Agência Espacial Brasileira (AEB), o Comando-Geral de Operações Aéreas (Comgar) e seus institutos, o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e seus institutos, a Marinha e a Polícia Militar.
Fonte: MCT