Sect apoia capacitação profissional no exterior para o setor de madeira e móveis
O Secretário de Ciência e Tecnologia do Amazonas, Marcílio de Freitas, recebeu nesta sexta-feira (26) o empresário e presidente do Centro Tecnológico pela Qualidade do setor de Madeira-móveis da Itália (COSMOB), Márcio Umberto Fabbri, para discutir o convênio de intercâmbio cultural que vai levar 20 amazônidas para a Itália, com a finalidade de formação de mestrado em Design de Móveis.
Serão 20 estudantes –10 do Amazonas e 10 do Pará – que vão aprender as tecnologias avançadas e aplicadas dentro da indústria de móveis Italiana. De acordo com Mario Fabbri essa é a conclusão de um projeto iniciado, há anos, em sua terra com financiamento do Sebrae e Banco Interamericano (BIRD). “Esse projeto abrange os estados do Amazonas e Pará e tem o objetivo de melhorar a qualidade de produção de móveis valendo-se de uma experiência de 25 anos que temos. Somos de uma região fundamentalmente agrícola e que hoje tem um dos melhores setores de móveis da Itália. Essa experiência não vem pra ensinar ninguém. Apenas para definir uma metodologia na qual o objetivo é melhorar a qualidade em geral da produção de móveis”, ressaltou Fabbri.
O secretário Marcílio de Freitas confirmou o apoio efetivo ao projeto, sinalizando o interesse de iniciar o mais rápido possível a formalização da parceria e destacando a importância da capacitação para a região, com um envolvimento direto do governo estadual. “O intercâmbio é fundamental e não devemos parar de avançar com as ações de incentivo a esse setor estratégico para o Amazonas”, enfatizou Freitas.
Fabbri também ressaltou que a importância desse projeto é o estimulo a distribuição qualitativa e o oferecimento de serviço de alta qualidade “O projeto considera a inovação, a qualidade e certificação em design, a internacionalização porque a pesquisa e inovação a grande empresa é capaz de fazer sozinha. Mas, no caso das micro e pequenas empresas (MPEs) isso não é possível. Ela precisa ter apoio e suporte. No mercado, com uma grande estrutura a grande empresa faz a pesquisa, mas as pequenas empresas não tem dinheiro suficiente e ficam subjulgadas”, disse.
A filosofia do projeto não é dar incentivo, fazer crescer apenas empresas de uma região e sim, todas aquelas que, juntas, devem caminhar para o desenvolvimento. “Para isso é preciso ter o conhecimento tecnológico. Dentro de um contexto de qualidade estética, há o problema de design. Temos uma escola de design que já atua há 13 anos e que forma 20 profissionais por ano em mestres. As MPEs absorvem esses profissionais. Nesse projeto, colocamos a disposição na escola de designe para 20 estudantes da Amazônia, 10 do Pará e 10 do Amazonas. O passo seguinte é realizar em Brasília , em junho, junto com Sebrae Nacional, um seminário sobre design de móveis, com o apoio do Amazonas e Pará”, ressaltou Fabbri.
Para Fabbri, o problema é coordenar todas as potencialidades das instituições publicas e pesquisa. “O problema é a conscientização de que esse instrumento, a madeira móvel, não é setorial. Porque se amplia à produção de móveis, cresce também a produção de insumos, pesquisa por novos materiais, mecânica apropriada e o consumo que pode ser ampliado. De fato é um método que estamos colocando a disposição do setor madeira móvel, mas que é acessível aos outros setores. O objetivo do projeto é criar um laboratório tecnológico em Manaus que pode prestar a serviço de toda a demanda do Amazonas e que seja um ponto de referência para todas as estruturas e instituições que se destinam a essa finalidade”, concluiu Fabbri.
Estavam presentes na reunião o diretor técnico do Sebrae/Am, Maurício Seffair , o coordenador de projetos da entidade, Célio Luís Picanço, e o assessor da Sect, Noval Benaion. Na próxima semana, será realizado um encontro para formatar os critérios de chamada dos estudantes que farão parte da formação na Itália.