Curso de educação inclusiva no Ifam capacita professores em Manaus

CIÊNCIAemPAUTA, por Rosimara Silva

A dificuldade do acesso de pessoas com deficiência física a unidades de ensino ainda é uma realidade em muitas cidades brasileiras. Em Manaus, o Projeto Arumã, um braço do Projeto Curupira, desenvolvido pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (Ifam), tem o objetivo de capacitar profissionais para o atendimento desse grupo no acesso à Educação Básica.

O coordenador do projeto e mestre em Educação pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), professor Dalmir Pacheco, destaca que o processo de inclusão do aluno no espaço escolar deve prever todas as necessidades. No projeto, professores de educação básica são capacitados em um curso dividido em cinco módulos, sobre os mais variados tipos de deficiência, da física a mental.

“O ideal não é a escola segregativa, pois a educação acontece pela convivência coletiva e não pela separação em grupos, e a convivência em sala de aula só é possível com  professores interagindo com todos”, completa o coordenador.  Para facilitar o aprendizado, além das aulas práticas, cada professor também tem acesso a materiais específicos para trabalhar com os estudantes.

Alguns dos materiais produzidos pelo projeto utilizados no curso de educação inclusiva. Da esquerda para direita, o Manual dos direitos no trânsito para pessoas com algum tipo de deficiência, o Sorobã, que é a matemática do cego, e o projetor de Braille, o português do cego. (Foto: CIÊNCIAemPAUTA/Rosimara Silva)

Alguns dos materiais produzidos pelo projeto utilizados no curso de educação inclusiva. Da esquerda para direita, o Manual dos direitos no trânsito para pessoas com algum tipo de deficiência, o Sorobã, que é a matemática do cego, e o projetor de Braille, o português do cego. (Foto: CIÊNCIAemPAUTA/Rosimara Silva)

O projeto Arumã é financiado pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI) do Ministério da Educação (MEC) e até abril deste ano pretende formar 10 turmas na capital e interior do Amazonas. Entre os profissionais beneficiados está a professora Maria Lecy Azevedo Martins, que leciona em uma escola particular no município de Tonantins, no Alto Solimões.

Ela trocou o descanso das férias para aprimorar o conhecimento da educação inclusiva. “Os professores sentem muita dificuldade devido à falta de cursos de capacitação no interior. É preciso vir para capital para se qualificar”, destaca a professora que pretende compartilhar o conhecimento adquirido com outros colegas de trabalho.

Levantamento

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 23,9% da população do país tem algum tipo de deficiência física, o equivalente a 45,6 milhões de pessoas. Mais informações sobre o curso no e-mail aruma@ifam.edu.br ou pelo telefone (92) 3621-6736.

CIÊNCIAemPAUTA, por Rosimara Silva