CCT cria comissão de cientistas para área de biotecnologia

Em uma tentativa de atender à demanda da presidente Dilma Roussef  – de desenvolver, principalmente, um programa para estimular a pesquisa e produção na área de biotecnologia – o Conselho de Ciência e Tecnologia (CCT) decidiu criar uma subcomissão a fim de identificar os gargalos que inviabilizam o aumento da eficiência dessa área. Pelo acordo, o resultado do estudo será apresentado à Dilma daqui a quatro meses, aproximadamente.

Ainda sem nome específico, a subcomissão será formada por quatro ou cinco cientistas, dentre os quais a presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader; o cientista Hernan Chaimovich, vice-presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), representante do órgão no CCT e professor do Instituto de Química, da Universidade de São Paulo (USP); e Carlos Gadelha, secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, segundo membros do CCT.

Segundo a professora do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS), Marcia Barbosa, o objetivo da subcomissão é mostrar os entraves que inviabilizam o aumento da eficiência da biotecnologia do País. “A ideia é encontrar os gargalos desde a formação fundamental até o produto no mercado”, disse a cientista, ao citar gargalos como burocracia da legislação para regulamentação dos produtos.

FONTES DE FINANCIAMENTO

Outra missão importante atribuída ao CCT, na reunião realizada no Palácio do Planalto no início do mês, segundo o vice-presidente da SBPC, Ennio Candotti, foi a solicitação de levantamento de dados de todos os ministérios que compõem o conselho sobre as metas e as fontes de financiamento para a área de ciência e tecnologia no âmbito do Plano Brasil Maior. Hoje o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) é responsável por metade do financiamento destinado à área de ciência e tecnologia. A ideia é coordenar as atividades de ciência e tecnologia dos vários ministérios. “É importante que as atividades dos vários ministérios sejam coordenadas. É para isso que o CCT foi criado”, defendeu Candotti.

O presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) e do Conselho das Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap), Mario Neto Borges, também  considerou fundamental  o apoio de Dilma à area de CT&I.  “O que consideramos positivo, neste aspecto, é  o comprometimento da presidente com o Conselho e as ideias lá colocadas”, disse ele, destacando também a dinâmica da reunião, dando espaço para todos falarem e  permitindo Dilma tomar conhecimento de todo cenário da área de CT&I.

Fonte: Jornal da Ciência, por Viviane Monteiro