Grupo de pesquisa da UEA estimula popularização da Ciência em espaços não formais em Manaus

Fonte: CIÊNCIAemPAUTA, por Rosimara Silva

Um dos espaços mais conhecidos para se adquirir conhecimento desde a infância é a sala de aula. Porém, estimular o aprendizado no ensino médio ou fundamental não precisa ficar restrito dentro de quatro paredes. Outros espaços denominados pela área de ensino como não formais também podem auxiliar a escola no processo ensino-aprendizado, principalmente no campo das Ciências Naturais, que envolve disciplinas como Biologia, Química, Física, Geologia entre outras.

É dentro desse contexto de Educação que surgiu o Grupo de Estudo e Pesquisa Educação em Ciências em Espaços Não Formais, que tem como finalidade divulgar a produção cientifica do Programa de Pós-Graduação em Educação e Ensino de Ciências na Amazônia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), para professores da rede pública e privada de ensino de Manaus.

“O que as escolas públicas e privadas precisam trabalhar bastante, é a educação continuada do professor que ensina Ciências, não somente por meio de cursos de curta duração, mas também incentivando a participação deles em eventos científicos, fora do estado do Amazonas, para que os professores tenham outra visão sobre o ensino de Ciências”, ressaltou o coordenador do projeto, professor doutor Augusto Fachin Terán.

Liberação dos filhotes ao final do trabalho de preservação. (Foto: David Xavier)

Liberação dos filhotes ao final do trabalho de preservação. (Foto: David Xavier)

Para Terán, que também é coordenador do Mestrado Educação em Ciências na Amazônia na UEA, o tema sobre ensino de ciências em espaços não formais é um assunto relativamente novo que vem a complementar o aprendizado em sala de aula.

SITE DIVULGA PESQUISAS SOBRE EDUCAÇÃO EM ESPAÇOS NÃO FORMAIS

Atualmente, todas as pesquisas realizadas pelo grupo – composto por 19 pesquisadores e 14 estudantes – podem ser acessadas pela internet por meio do site ensino de ciência, criado em 2011.

Ao todo, 231 trabalhos estão disponíveis no site, dos quais 166 são na área de Educação e 65 sobre quelônios amazônicos.

Maria das Graças Alves Cascais, uma das pesquisadoras do grupo, reforça que os espaços educativos não formais podem ser grandes aliados da escola, desde que ofereçam condições para receber os estudantes, com infraestrutura, segurança e também condições materiais para fornecer informações sobre a Ciência. “É necessário que o  professor faça  um  bom  planejamento  visitando  os  espaços  antecipadamente,  preparando  os estudantes para a visita, encarando como um dia de pesquisa, fazendo com que os assuntos  abordados  tenham  algum  significado  para  a  vida  deles” ponderou. 

Professores ensinando aos alunos o processo de transplante dos ovos do tracaja em Parintins. (Foto: Augusto Fachín Terán)

Professores ensinando aos alunos o processo de transplante dos ovos do tracaja em Parintins. (Foto: Augusto Fachín Terán)

GRUPO LANÇARÁ SEU TERCEIRO LIVRO

Um terceiro livro intitulado “Novas Perspectivas de Ensino de Ciências Usando Espaços Não Formais Amazônicos”, escrito por Augusto Fachin Terán e Saulo Cézar Seiffert Santos, será lançado no próximo mês pela UEA. O livro é dirigido a todos que atuam na área de Educação em Ciências e enfrenta o desafio fundamental de mostrar aos professores o uso de espaços educativos diferentes da escola.

O trabalho realizado pelo grupo de pesquisa também já resultou em outros dois livros sobre o assunto: “O uso de espaços não formais como estratégia para o Ensino de Ciências” escrito pelos pesquisadores Sônia Cláudia Barroso da Rocha e Augusto Fachin Terán, e “Elementos da floresta: recursos didáticos para o ensino de ciências na área rural da Amazônia” dos autores Maria Inez Pereira de Alcântara e Augusto Fachin Terán.

Fonte: CIÊNCIAemPAUTA, por Rosimara Silva