Pesquisadores brasileiros serão capacitados em farmoquímica no exterior
Pesquisadores brasileiros vão poder se capacitar no setor farmacoquímico por meio do Programa Ciência sem Fronteiras (CsF). A parceria entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e a empresa farmacêutica internacional Sanofi permitirá treinamentos em centros de pesquisa internacionais, e a oferta de vagas de estágio para estudantes de graduação e doutorado no exterior nas filiais da empresa.
Os pesquisadores selecionados serão treinados por, no mínimo, um ano nos centros de pesquisa da Sanofi em Cambridge (EUA), Paris (França) e Frankfurt (Alemanha) e terão a oportunidade de acompanhar e participar de projetos envolvendo os processos-chave de pesquisa e desenvolvimento de um medicamento.
Jorge Almeida Guimarães, presidente da Capes, vinculada ao Ministério da Educação (MEC), antecipou que a parceria deve atrair outras empresas do setor farmacoquímico e aumentar as oportunidades de especialização de profissionais brasileiros nessa área.
INSCRIÇÕES
O processo de inscrição segue os padrões já definidos pelo programa brasileiro, que há mais de dois anos têm concedido bolsas para estudantes brasileiros que querem se especializar no exterior. Lima disse que a programação do treinamento já foi concluída e que os centros estão prontos para receber os pesquisadores. Segundo ele, o início do intercâmbio depende, agora, da seleção dos candidatos.
Os pesquisadores brasileiros interessados têm que ter pós-graduação em nível de doutorado, para se inscrever nos editais de pós-doutorado pelo site do programa.A meta do governo é conceder 101 mil bolsas, em diversas áreas, para estudantes brasileiros até 2015, sendo que 75 mil delas seriam bancadas pelo governo federal e o restante com ajuda da iniciativa privada.
SANOFI
A Sanofi é uma empresa farmacêutica que atua no Brasil desde o final dos anos 50 e gera 5,4 mil empregos diretos no País. A filial brasileira é a maior operação do Grupo Sanofi entre os países emergentes, conta com a maior plataforma industrial do grupo fora da França e está entre as empresas que mais investe em pesquisa clínica no Brasil.
Entre 2004 e 2012, foram investidos mais de US$ 100 milhões. A Sanofi conta com uma área de Alianças Médicas e Científicas que busca promover parcerias científicas com universidades, empresas privadas e instituições públicas de referência para trabalhar em cooperação e viabilizar inovações que façam a diferença para os pacientes.
Autoridades em educação e na área científica apostam que a oferta de bolsas de estudo para graduação, pós-graduação, doutorado e pós-doutorado em várias áreas de conhecimento, pode viabilizar mais rapidamente as inovações no País. Neste caso específico da indústria farmacoquímica, a expectativa é que o treinamento aponte soluções de saúde inovadoras, que possam ser usadas no Brasil e no mundo para atender às necessidades dos pacientes.
CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS
Lançado em dezembro de 2011, o Ciência sem Fronteiras tem como meta conceder 101 mil bolsas para estudantes brasileiros até 2015. Serão 75 mil por parte do governo federal e o restante com ajuda da iniciativa privada.
O programa promove a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileiras por meio do intercâmbio e da mobilidade internacionais de estudantes, professores e pesquisadores. A oferta de bolsas prevê as modalidades graduação-sanduíche, educação profissional e tecnológica e pós-graduação — doutorado-sanduíche, doutorado pleno e pós-doutorado.
Pelo programa, estudantes de graduação e de pós-graduação podem fazer estágio no exterior para manter contato com sistemas educacionais competitivos em relação à tecnologia e inovação. Além disso, o Ciência sem Fronteiras tenta atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar, por tempo determinado, no Brasil.
Fonte: Portal Brasil