Área tecnológica é prioritária para o País, diz Glaucius Oliva

Agência CT&I Amazonas, por Luís Mansuêto

Agência CT&I Amazonas/Alfredo Fernandes
Agência CT&I Amazonas/Alfredo Fernandes

Recife (PE) – A ousadia do Governo Federal em enviar aproximadamente 101 mil alunos ao exterior até o final de 2014 e os recursos alocados de R$ 5 bilhões foi o destaque da sessão especial ‘Impactos e relatos de bolsistas do programa Ciência sem Fronteiras. O encontro reuniu, nesta quarta-feira (24/07), autoridades na área científica do País para ouvir os relatos de ex-bolsistas e traçar estratégias futuras para o Programa. Na ocasião, estiveram presentes dez alunos que tiveram a oportunidade de realizar intercâmbio nos Estados Unidos, Alemanha, Austrália e Coreia do Sul.

A sessão, que fez parte da programação da 65ª Reunião Anual Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que está ocorrendo na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em Recife, foi coordenada pela presidente da entidade, Helena Nader.

Participaram do encontro o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp, e os presidentes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Glaucius Oliva e Jorge Almeida Guimarães, respectivamente.

Conforme Helena Nader, a ideia da sessão surgiu a partir de críticas feitas ao referido Programa, sendo a SBPC o fórum escolhido para discutir os relatos das experiências dos estudantes. “Durante reunião nos Estados Unidos, tive a oportunidade de ver a apresentação de alguns bolsistas do programa e a desenvoltura com que mostraram os trabalhos. Trata-se de um programa ousado, uma vez que se deseja enviar 101 mil estudantes ao exterior. Vale destacar que o impacto real só será sentido a longo prazo. Entretanto, já é possível fazer algumas avaliações”, destacou.

A previsão é de que 50 mil alunos participem do Programa até o final de 2013. Foto: Agência CT&I Amazonas/Alfredo Fernandes

Do ponto de vista do presidente da Capes, Jorge Almeida Guimarães, os resultados do programa são positivos porque os jovens têm a oportunidade de conviver com profissionais do mundo inteiro. Ele explicou que a experiência de 60 anos do CNPq e da Capes foi a base para o desenvolvimento do Ciência sem Fronteiras. A previsão é de que 50 mil alunos participem do Programa até o final de 2013, contrariando alguns dados divulgados pela grande imprensa. “Queremos ouvir os bolsistas para saber em que podemos melhorar o Programa”, ressaltou.

Quando o Ciência sem Fronteiras iniciou em 2011, segundo Guimarães, as universidades estrangeiras receberam a ideia com certa altivez. Entretanto, os alunos brasileiros estão sendo convidados para retornar e fazer doutorado ou pós-doutorado. Ele informou que há 340 empresas americanas oferecendo estágio aos brasileiros.

Por sua vez, Glaucius Oliva salientou que o Governo Federal foi corajoso ao investir R$ 5 bilhões ao longo de quatro anos para capacitar o jovem brasileiro e internacionalizar a Ciência. Ele disse que 25% das bolsas são pagas por empresas privadas. “Acredito que seja o maior programa de bolsas de um país no exterior. Estamos oferecendo aos melhores talentos a oportunidade de intercâmbio. Foram escolhidas as áreas prioritárias para o País, com ênfase no aspecto tecnológico, devido sua relevância para o desenvolvimento nacional”, afirmou.

Agência CT&I Amazonas, por Luís Mansuêto