Experimento neurológico produz metamorfose facial, diz jornal

Um experimento conduzido por pesquisadores da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, conseguiu, pela primeira vez, estabelecer uma relação causal entre a região do cérebro conhecida como giro fusiforme e processamento de faces humanas.

O trabalho pode vir a ajudar no tratamento de uma espécie de “cegueira para feições”, conhecida como prosopagnosia, que impede as pessoas que sofrem desse distúrbio de distinguir rostos. Além disso, os resultados encontrados podem ajudar na compreensão do porque algumas pessoas são muito melhores que outras em reconhecer faces. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

No estudo, publicado na revista científica Journal of Neuroscience, três técnicas diferentes foram utilizadas para obter os resultados, sendo duas para achar áreas específicas do giro fusiforme relacionadas ao reconhecimento de rostos e uma para induzir uma distorção da percepção quando os eletrodos estavam exatamente no mesmo lugar das duas primeiras. Ron Blackwell, 45 anos, sofre de epilepsia e recebeu os eletrodos para o experimento.

“É quase como se os traços de seu rosto tivessem ficado caídos”, declarou. Outros objetos, segundo ele, não sofreram distorção. Para o neurocirurgião Fábio Godinho, que fez doutorado no Instituto de Neurociências de Lyon, o giro fusiforme provavelmente faz o processamento de formas e cores da face, enquanto outras áreas lidam com coisas como as associações emocionais que um rosto traz.

Fonte: Terra