Integração com o CNPq e Carta da Amazônia fecham a pauta do Fórum Confap e Consecti
Se depender dos resultados das ações e das metas propostas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para os próximos anos, as Fundações de Amparo à Pesquisa do País terão bons motivos para ajudar a promover a ciência, a tecnologia e a inovação no Brasil.
A observação foi feita durante a reunião do Confap em Macapá (AP) que contou com a presença do presidente do CNPq, Glaucius Oliva, convidado para falar sobre os avanços das relações e perspectivas das ações junto as FAPs do País.
Oliva apresentou dados, considerados por ele, como excelentes sinalizadores de que a integração com as FAPs está no caminho certo. Estre os dados estão o crescimento do Diretório dos Grupos de Pesquisa em todas as regiões do Brasil, o número acentuado de matrículas no ensino superior no Brasil, incluindo ensino à distância, no período de 2000 a 2011 que passou de cerca de 2,8 milhões para quase 7 milhões e o crescimento dos investimentos feitos pelas FAPs para o desenvolvimento de CT&I nos estados.
Enquanto desafios, o presidente do CNPq destacou as metas a serem atingidas quanto ao preenchimento de 101 mil bolsas concedidas pelo governo e por empresas da iniciativa privada como, por exemplo, as bolsas para doutorado-sanduíche no exterior e doutorado integral no exterior, que em 2011 e 2012 ficou abaixo da meta programada.
Segundo Glaucius Oliva, para 2013 a expectativa é reforçar as parcerias. “Vamos fazer isto por meio do lançamento do Programa Ciência Inovadora Brasil, que é um programa de bolsas e apoio a projetos para pesquisadores no País, que será um complemento ao programa Ciência sem Fronteiras e, ao mesmo tempo, vamos aprofundar as parcerias com as FAPs, para que possamos ter uma nova rodada de grandes editais como Pronex, PPP, DCR, Pronen, entre outros”, destacou.
AÇÕES PARA A AMAZÔNIA
Ainda, segundo Oliva, “especialmente para a Amazônia, o CNPq sai do Fórum com uma consciência de que é necessário aproveitar este momento que a região tem para se tornar um exemplo para o mundo, um exemplo civilizatório do que vai ser feito na linha do desenvolvimento sustentável na região e as agências precisam apoiar estas iniciativas”.
Para a diretora-presidenta da Fapeam, Maria Olívia Simão, o diálogo promovido com o CNPq é fundamental para garantir os avanços das ações desenvolvidas em conjunto com o órgão federal, mas é preciso estreitar ainda mais a interação do CNPq com as FAPs, principalmente quanto à padronização do formato de envio de informações ao CNPq o que deve garantir um melhor relacionamento no futuro.
“Como exemplo de ação bem sucedida a partir da parceria com o CNPq, o Estado do Amazonas conseguiu fixar cerca de 70% dos pesquisadores inseridos no Programa de Desenvolvimento Científico Regional (DCR), mas por uma característica própria da região é preciso permitir que pesquisadores e doutores formados dentro do Estado do Amazonas possam ir para o interior por meio do DCR, o que converge com a política de interiorização”, acenou.
ENCERRAMENTO DO FÓRUM
Para o presidente do Confap, Mario Neto Borges, o Fórum em Macapá foi altamente positivo, pois reforçou ao Estado do Amapá e a Fundação Tumucumaque a importância da consolidação das ações de CT&I para trazer desenvolvimento e qualidade de vida para a sociedade. “A partir do que foi discutido nos dois últimos dias já estamos com uma boa agenda para 2013 no que diz respeito a parceria com os órgãos federais como o CNPq, Finep e Capes”, destacou.
A última agenda do Fórum do Confap foi a homologação de uma carta redigida por representante de nove estados da Amazônia Legal com um pleito regional para o fortalecimento da ciência na Amazônia com o compromisso de transformar a região, a partir da economia verde e dos recursos e potenciais dos estados, em um lugar melhor para se viver. “A carta homologada, por unanimidade, será encaminhada aos governadores e depois aos deputados federais de forma que possa surtir efeito”, concluiu.
Fonte: Agência Fapeam, por Ulysses Varela