Brasil participa de reuniões do Grupo de Observação da Terra

O Brasil foi o primeiro no mundo a adotar uma política de livre distribuição de imagens de satélites. Foto: Reprodução

Terminaraam nesta sexta-feira (17), em Genebra, a 10ª Sessão Plenária e a 3ª Reunião Ministerial do Grupo de Observação da Terra (GEO), com participação do Brasil. As iniciativas para oferecer cada vez mais e melhores dados observacionais são discutidas por representantes de 89 países-membros, Comissão Europeia e cerca de 70 instituições que integram o grupo.

O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI), Leonel Perondi, participou do encontro, com o apoio da Missão Permanente do Brasil junto às Nações Unidas, na Suíça. A delegação brasileira foi chefiada pela embaixadora Regina Maria Cordeiro Dunlop e também integrada pelo ministro João Lucas Quental Novaes de Almeida, pelo primeiro secretário André Misi e pela tecnologista do Inpe Hilcéa Ferreira.

O principal objetivo das reuniões foi rever e avaliar o progresso do GEO em seus quase dez anos de existência. Criado em 2005, o grupo tem trabalhado para que dados vitais sobre nosso planeta sejam compartilhados para o desenvolvimento sustentável.

O Brasil, por meio do Inpe, é um dos seus membros mais atuantes – o País foi o primeiro no mundo a adotar uma política de livre distribuição de imagens de satélites, em 2004, quando os dados do Programa CBers (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres) passaram a ser oferecidos sem custo, pela internet, a qualquer usuário. A iniciativa levou outros países, como os Estados Unidos, a colocar à disposição, em 2008, gratuitamente, dados orbitais de média resolução, da série Landsat.

Durante o evento, a França, entre outros países, anunciou que tornará disponível a partir deste ano, para uso não comercial, o conjunto de imagens obtidas pela família de satélites Spot.

PORTAL

O GEO lançou oficialmente, nesta semana, o Geoss Portal, que permite o acesso a mais de 1,2 milhão de dados e recursos abertos de observação da Terra. Trata-se de informações que podem melhorar as previsões de desastres naturais e as políticas de uso da terra, como o monitoramento global da produção agrícola e do desmatamento, entre outras tantas possíveis aplicações em benefício da ciência e da sociedade.

A 3ª Reunião Ministerial representa ponto de inflexão para o futuro do GEO, quando se adotará a Declaração de Genebra, renovando o mandato do grupo por mais dez anos, a partir de 2015. Alinhada com os princípios defendidos pelo País, a delegação brasileira endossa a declaração, que reitera a importância da continuidade das atividades do GEO como elemento importante no apoio à agenda global pós-2015 das Nações Unidas.

Fonte: Inpe