Programa de Comunicação Científica recebe inscrições até esta quinta-feira
CIÊNCIAEMPAUTA, POR MIRINÉIA NASCIMENTO
Transformar anos de pesquisas e seus termos técnicos em uma linguagem compreensível para a sociedade, por meio de um vídeo curto, ou em um texto de uma página para a internet, ou num áudio de poucos minutos para o rádio é um dos desafios dos profissionais e estudantes de comunicação que atuam no campo da divulgação científica. Daí a importância da participação desses comunicadores em programas que desenvolvam vocações nesse campo jornalístico.
Diante desse contexto e da demanda nacional por profissionais de comunicação nessa área, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) recebe até esta quinta-feira (10), inscrições de profissionais e estudantes de comunicação social, letras, design e relações públicas que queiram participar do processo seletivo do Programa de Apoio à Divulgação da Ciência por meio dos editais n. 007/2014 e 008/2014 – Comunicação Científica, para atuarem na Fapeam ou na Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI-AM), respectivamente.
De acordo com o secretário da SECTI-AM, Odenildo Sena, a comunicação científica está em ascensão, e o Programa de Apoio à Divulgação da Ciência é uma oportunidade ímpar não só para os profissionais de jornalismo, mas também para os estudantes que desejam se profissionalizar nessa área.
Sena destacou que as instituições de pesquisas também demonstram esse interesse pela profissionalização da divulgação das pesquisas, e lembra que esforços estão sendo empreendidos para contribuir com a formação de jornalistas na área. Ele citou como exemplo as duas turmas do curso de especialização em Divulgação e Jornalismo Científico em Saúde e Ambiente na Amazônia, financiadas pela Fapeam e promovidas pela Fiocruz Amazônia. “Envolver-se no programa é uma forma de praticar, entender e produzir o jornalismo científico”, ponderou o secretário.
A presidenta da Fapeam, Maria Olivia, convida os profissionais e estudantes de comunicação a participarem do Programa que, para ela, é uma proposta ousada e desafiadora. “O desafio é levar os resultados da pesquisa científica e a importância da ciência para o cotidiano da sociedade”. Para ela, essa é uma grande oportunidade aos comunicadores que queiram ter uma experiência nessa área.
ASSUNTOS DE C&T
Uma pesquisa nacional realizada em 2010, pelo departamento de Popularização e Difusão da Ciência e Tecnologia, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e pelo Museu da Vida/Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, revelou que o povo brasileiro se interessa bastante por assuntos de C&T.
Do total de 2.016 pessoas que responderam à enquete, 65% afirmaram ter interesse ou são muito interessados em ciência e tecnologia. Alguns temas afins, como medicina/saúde e meio ambiente também tiveram altos índices de interesse por parte dos entrevistados – 81% e 83%, respectivamente.
Ainda segundo a pesquisa, entre os principais meios de informação do brasileiro sobre temas de ciência estão notícias nos veículos de comunicação, sobretudo televisão, jornais, revistas e internet. A confiança dos brasileiros nos jornalistas como fontes de informação é grande; os profissionais da imprensa aparecem em segundo lugar na lista das fontes mais confiáveis sobre C&T, perdendo apenas para os médicos.
CIÊNCIAemPAUTA, por Mirinéia Nascimento