Derretimento da Antártica está 2 vezes mais rápido que em 2010

Os novos números foram coletados pelo Cryosat no período entre 2010 e 2013. Foto: Reprodução

O derretimento da Antártica está duas vezes mais rápido do que há três anos. A conclusão foi feita após o mapeamento do satélite europeu Cryosat, que fez a mesma análise em 2010. Se for mantido o ritmo, a velocidade do degelo do continente antártico pode elevar o nível dos oceanos em 0.43mm por ano.

Ao todo, são cerca de 160 bilhões toneladas a menos de gelo por ano. O estudo divide ainda a Antártida em três regiões: a Antártica do Oeste, a Antártica do Leste, e a Península Antártica, região que mais se aproxima da América do Sul.

A primeira delas é considerada a mais vulnerável por cientistas, onde mais de 90% do derretimento vêm de apenas seis geleiras. Apenas em uma delas, a Smith, foi detectada a perda de nove metros por ano da superfície. Só nela, a perda é de 134 billhões de toneladas gelo por ano.

Para piorar o cenário, a média de reposição da neve nas três regiões tem diminuído em dois centímetros por ano.

Os novos números foram coletados pelo Cryosat no período entre 2010 e 2013. Antes disso, a Agência Espacial Europeia baseava-se em dados de outros satélites observados desde 2005.

Lançado em 2009 especialmente para acompanhar mudanças nos pólos, o Cryosat possui um altímetro capaz de medir a espessura do solo e suas variações, ou quando ele ganha neve, ou quando há derretimento.

O satélite também suporta duas parabólicas, que conseguem mapear com precisão não só o nível de neve na superfície, mas também em montanhas e vales.

Fonte: O Globo