Mostarda se mostra promissora na detecção de armas químicas

Os pesquisadores realizaram diversos testes de laboratório expondo grãos de mostarda-branca a uma solução com 250 microgramas de gás VX e a dois derivados químicos produto da degradação natural deste gás. Foto: Reprodução

A mostarda-branca, uma planta comum na Europa e em toda bacia do Mediterrâneo, pode ser usada para detectar vestígios de armas químicas – como o gás XV – várias semanas após sua utilização, afirmam pesquisadores britânicos.

A planta (Sinapis alba) também apresenta a capacidade de absorção deste tipo de gás neurotóxico e seus derivados, e poderia ser utilizada para a descontaminação de solos afetados por armas químicas, como na Síria, por exemplo, destaca o estudo publicado pela britânica Royal Society.

Os pesquisadores realizaram diversos testes de laboratório expondo grãos de mostarda-branca a uma solução com 250 microgramas de gás VX e a dois derivados químicos produto da degradação natural deste gás.

Em seguida, as plantas foram analisadas em diferentes etapas de seu crescimento utilizando-se espectrometria e cromatografia.

Segundo o estudo, vestígios de gás XV e de seus derivados foram encontrados nas amostras ao menos 45 dias após sua contaminação.

“Muito mais tempo do que no solo”, que é o método de detecção atualmente utilizado pelos investigadores da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), que recentemente atuaram na Síria, destacaram os pesquisadores.

Fonte: AFP