Espaço Ocean comemora um mês de funcionamento com sucesso de público

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CIÊNCIAEMPAUTA, POR ALESSANDRA KARLA LEITE,

 

Um mês após a inauguração, o laboratório Samsung Ocean, localizado dentro da Escola Superior de Tecnologia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), já recebeu 315 alunos interessados em adquirir conhecimento na área de jogos, aplicativos e demais tecnologias.

O público, segundo professor de Engenharia da Computação da UEA e coordenador do Projeto Samsung Ocean, Antenor Ferreira Filho, tem sido predominantemente de universitários, embora os cursos livres sejam abertos para qualquer pessoa que possua o Ensino Médio. “São cursos abertos para atrair futuros desenvolvedores e fornecer atualização a quem já está na área. Queremos oferecer tecnologias novas para a comunidade. Em princípio, é preciso ter o Ensino Médio para as turmas abertas e Ensino Superior para as fechadas, mas temos receio de restringir de forma equivocada. O público que está desenvolvendo é cada mais jovem e não existe mais isso de formação adequada. Vamos tentar deixar a área de jogos mais aberta. O que vale é a criatividade”, enfatizou.

Os cursos oferecidos são: Introdução aos Jogos Digitais, Introdução à Programação de Jogos Digitais, Introdução ao Android, Introdução à Samsung SDK e Introdução ao Tizen, com duração de quatro horas, nos três horários.

Expectativa

Segundo o coordenador, a procura pelos cursos superou todas as expectativas. “Em dois dias as vagas haviam sido preenchidas, mesmo com feriados e Copa do Mundo. Temos muitos sonhos para realizar aqui e o principal é fazer essa expertise aqui em Manaus e não ficar mais dependendo de fora. Temos de criar o nosso pessoal aqui”, disse.

As inscrições para os cursos fechados para a formação de profissionais específicos devem ser abertas no final do mês de agosto. A duração será de aproximadamente quatro meses e, quem participar, vai sair fazendo jogos e aplicativos. Os alunos terão a oportunidade de usar o laboratório para o desenvolvimento de seus projetos com o apoio de monitores, técnicos e professores da UEA. “Por isso devem ter uma formação mais específica, como Matemática, Engenharia da Computação, entre outros. Nós vamos formar o profissional”, explicou Ferreira.

Os alunos dos cursos fechados terão o compromisso de desenvolver um projeto no final, sempre com foco em um plano e negócios com um protótipo de um produto.

Startups

A criação de startups (empresas jovens com ideias inovadoras) é um dos principais focos do Ocean. “Queremos ver aqui o nascimento de empresas de Tecnologia da Informação (TI) e apoiar as empresas que já estão em Manaus também. A ideia é transformar nossa cidade em um centro mundial de desenvolvimento de jogos. Sonhamos alto”, destacou o coordenador.

Para o professor Jucimar Júnior, que também coordena o curso de Especialização em Desenvolvimento de Jogos Eletrônicos da UEA, o fomento ao empreendedorismo vai trazer excelentes frutos a partir do Ocean.

“Nós começamos com turmas abertas, vamos para as fechadas e depois para as Startups. Não deixa de ser uma triagem porque as pessoas vão se identificando. Hoje o perfil é mais de universitários, mas temos muita variedade. Tem de ser dessa forma, porque o criador do Mario Bros era músico, por exemplo. Por isso é aberto ao público em geral, começa amplo e depois filtra”, explica.

O acadêmico do curso de Engenharia da Computação da UEA, Patrick Magalhães de Lima, 19, disse que se matriculou por curiosidade e vem se surpreendendo com a qualidade das aulas. “Gosto de saber, porque quanto mais conhecimento eu tiver, mais convicto vou ser da carreira que eu escolher. É um curso que agrega, o material é de qualidade. Sem dúvida uma boa oportunidade para quem tem intenção de aprender e ficar motivado a empreender”, destacou.

 

Prédio inovador

De acordo com o gerente do Samsung Ocean, Allan Bezerra, o prédio ficou pronto em dois meses, incluindo construção, montagem de equipamentos e decoração.

A decoração é uma mistura de móveis rústicos regionais e itens modernos, respeitando a identidade visual e as cores fortes, marca registrada do espaço. “Nós tivemos flexibilidade para criar esse local. Nos móveis temos alguns lugares vazios intencionalmente, pois trazemos itens de lugares do Amazonas para compor o cenário, como canoas, barquinhos, sementes”, explicou Allan.

Segundo o gerente, a parceria com a UEA tem sido um excelente exemplo de como a interação entre empresa e universidade pode contribuir para a formação de empreendedores. “A Samsung vê a parceria como algo muito expressivo. A universidade tem toda autonomia para gerir o projeto. Estamos muito felizes com esse modelo”, disse.

 

 

Parceria

Em Manaus, o Ocean é resultado da parceria estabelecida entra a UEA e multinacional coreana Samsung, que decidiu implantar o Ocean no Brasil (na filial em São Paulo) e no território amazonense. Os laboratórios são os primeiros do tipo fora da Coreia do Sul, terra natal da empresa.

Uma das motivações para a escolha de Manaus é a área promissora de Engenharia de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). O Ocean de Manaus é o único que funciona dentro de uma universidade.

 

CIÊNCIAemPAUTA, Alessandra Karla Leite,