Projeto de compostagem desperta lado científico e social em estudantes

Alunos trabalham na produção de fertilizante orgânico usando restos de comida que sobram da merenda. Foto: PCE

Você já pensou na quantidade de lixo que é produzido diariamente pelas pessoas? São toneladas e mais toneladas que todo dia param nos lixões e aterros sanitários e, as vezes, muitos nem estão dentro dos padrões exigidos para funcionar e acabam trazendo várias mazelas para as pessoas. Agora imagine se uma parte disso que descartamos, pudesse ser trabalhada para ser reaproveitada de maneira inteligente. É exatamente isso que os cientistas juniores da Escola Municipal Anthístenes de Oliveira Pinto realizam no projeto que envolve compostagem e a sensibilização social nas pessoas.

Coordenado pelo professor, Edson de Oliveira Nunes, o projeto ‘Escola Antístenes contribuindo com o meio ambiente, na reciclagem de resíduos orgânicos e produção de compostagem’ tem uma importância tão grande quanto o seu título. Segundo o coordenador, o objetivo do projeto é reduzir a quantidade de resíduos orgânico e gerar adubo para ser utilizado pela própria escola, que fica no bairro Alfredo Nascimento, zona norte de Manaus. “É um projeto auto-sustentável, que quando eu apresentei para a gestora ela acolheu de braços abertos. Procurei alunos que fossem aplicados e responsáveis para a gente desenvolver o projeto sem dificuldades e até agora está fluindo sem problemas”, afirmou Nunes.

O projeto, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisas do Estado do Amazonas (Fapeam), conta com três alunos e duas alunas do oitavo ano, além do apoio técnico e um voluntário. O projeto ainda tem dois “parceiros de peso” que ajudam na formação dos cientistas juniores. “O professor Marcelo Cutrim, que ano passado teve um projeto do PCE aqui na escola, colaborou dando um curso de metodologia do trabalho cientifico usando uma linguagem formal que fosse bem acessível para eles que estão iniciando e nosso outro parceiro foi o professor do Cetam, Iranir Florêncio, que nos ajudou dando umas dicas sobre agricultura e compostagem”, disse o coordenador.

Os cientistas se encontram três vezes por semana e durante duas horas fazem o trabalho de coleta, pesagem e depósito do material nos locais adequados, que são os baldes onde irão ficam os resíduos durante cerca de três meses, para só depois serem utilizados na horta da escola.

Na visão do coordenador, os projetos do PCE tem uma importância que está muito além do lado financeiro e social. Desperta aquele lado da curiosidade e da observação que todo cientista deve ter e, quanto mais cedo começar a praticar, melhor mais cedo os resultados começam aparecer. 

Fonte: PCE