Novo edital do Pró-Incubadoras foi lançado durante o InovAmazonas 2014

Segundo Maria Olívia Simão, o sucesso do Edital 011/2012 levou a reedição do novo Edital. Foto: Érico Xavier/Fapeam

Para alavancar o ecossistema de inovação do Amazonas, o governo do Estado, via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) lançou, na última sexta-feira (7), o Edital do Programa de Apoio à Incubadoras – Pró-Incubadoras (Edital 019/2014). São R$ 2 milhões voltados para apoiar até 15 propostas em duas modalidades.

O lançamento ocorreu na 11ª Semana Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCT),em Manaus, no Clube do Trabalhador (Sesi), no evento InovAmazonas 2014. Por ocasião,  da mesa-redonda ‘Desafios para consolidar o empreendedorismo inovador na Amazônia’, foi anunciado o edital. No Amazonas, a SNCT é coordenada  pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI/AM).

A submissão de propostas pode ser feita pelo sistema SigFapeam até o dia 9 de fevereiro de 2015. A documentação deverá ser entregue no protocolo da Fapeam até o dia 10 de fevereiro. Os resultados serão divulgados a partir do dia 30 de março, com a implementação prevista para o mês de abril.

Em relação ao primeiro Edital (011/2012), a novidade do Pró-Incubadora está por conta no aumento do valor disponibilizado, que saltou de R$ 1,7 milhão para R$ 2 milhões. Outra novidade fica por conta a entrada da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendedorismo de Tecnologias Avançadas (Anprotec), por exemplo, com o modelo de plano de negócio do Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendedores (Cerne). Com a Anprotec, a Fapeam espera realizar um trabalho direcionado e acelerado de qualificação das incubadoras.

A diretora-presidenta da Fapeam, Maria Olívia Simão, disse que o sucesso do Edital 011/2012 levou a reedição do novo Edital. Ela explicou que foi feito um mapeamento, no qual se observaram  iniciativas pioneiras no campo da inovação. “Criamos duas incubadoras no interior do Estado, a do Instituto Mamirauá, no município de Tefé (distante 575 quilômetros da capital), e a da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), na Reserva de Desenvolvimento Sustentável – RDS/Rio Negro”, pontuou.

Segundo Maria Olívia, o Amazonas possui atualmente 14 incubadoras, distribuídas na capital e nos municípios de Presidente Figueiredo, Autazes e Tefé. Ela disse que novas unidades podem ser implantadas em Parintins e Coari, tendo como base o modelo Cerne.

Contudo, não é qualquer município que poderá ter uma incubadora. É preciso que as localidades tenham instituições de pesquisas instaladas, por exemplo, o Instituto Federal de Educação do Amazonas (Ifam), Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e/ou Universidade do Estado do Amazonas (UEA), além de acesso a internet. Os modelos de desenvolvimento são feitos conforme as vocações de cada município.

O diretor do Instituto Certi Amazônia, Marco Antônio Giagio, explicou que no momento estão no processo de contratação de projetos, a partir do apoio da Fapeam. A intenção é fazer uma chamada de apoio para que candidatos a empreendedores possam receber apoio técnico e conhecimentos sobre os procedimentos para a preparação de um plano de negócios. “O objetivo é preparar os futuros empreendedores para concorrer aos recursos disponibilizados pela Fapeam”, explicou.

De acordo com Giagio, primeiramente será feita uma ampla divulgação e estruturação local. Ele disse que irão envolver universidades e institutos, agentes públicos para motivar e incentivar a participação de empresas. “A principal exigência é que o negócio seja inovador. Deve-se trazer algo diferente para o mercado local. Os projetos podem ser na área de biotecnologia, tecnologia da informação, uso dos produtos tradicionais da região. Também podem ser produtos e processos”, afirmou.

Giagio disse que estão esperando a formalização dos contratos para poder iniciar os trabalhos. “Cremos que em 30 dias teremos os contratos formalizados. Logo após, iremos dialogar com a Fapeam para iniciarmos esse movimento, que irá envolver as incubadoras existentes, órgãos públicos de fomento e desenvolvimento tecnológico. Uma ampla rede de parceiros que será mobilizada”, ressaltou.

BENEFÍCIOS

Serão concedidos os seguintes benefícios às propostas selecionadas. Auxílio financeiro (custeio e capital), sendo até R$ 100 mil para projetos inscritos na modalidade 1; e até R$ 150 mil para projetos submetidos à modalidade 2. Também será concedida uma bolsa por projeto.

Fonte: Fapeam