A Universidade que queremos
*Por José Aldemir de Oliveira
19/06/2012 – Nas últimas visitas às Unidades da UEA do interior é possível vislumbrar que há outro clima institucional em que professores e alunos participam de eventos científicos e discutem o futuro da instituição. Os Centros e os Núcleos começam a se consolidar como centralidades urbanas pelo papel relevante que tem na formação de pessoas.
No caso da UEA é preciso assinalar que para se chegar aos 25 mil alunos que temos hoje, muito se fez. Vou ater-me aos últimos 2 anos, tendo claro que a história não começou agora.
Entre os avanços da UEA destaco a escolha, de modo direto pela comunidade, de diretores de Escolas de Ensino Superior de Manaus. Graças a uma reforma administrativa os cargos ligados às atividades pedagógicas, secretários acadêmicos, coordenadores de qualidade, coordenadores e sub-coordenadores de cursos, são exercidos exclusivamente por servidores de carreira.
Foi implantado o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração que garante aos professores da UEA um dos melhores salários pagos entre as universidades públicas do País. A primeira etapa do concurso público para carreira docente foi concluída, os aprovados nomeados e 7 novos editais estão em andamento, oferecendo cerca de 260 novas vagas para as unidades da capital e do interior.
Novos cursos foram implantados nas áreas de Saúde Coletiva, Agrimensura e Gestão Pública, com a criação de 1.600 vagas para o ano de 2012. Para 2013 será criado o curso de Engenharia Naval, articulando a formação de pessoas à implantação do polo naval na cidade de Manaus.
Além disso, foi implantada nova forma de ingresso à instituição, o Sistema de Ingresso Seriado – SIS, para todos os cursos da UEA e sendo realizada em todos os municípios do Estado, oportunizando aos jovens maior acesso ao Ensino Superior.
Os programas de apoio aos estudantes já existentes foram mantidos e ampliados, e novas alternativas de apoio foram criadas, tais como a bolsa moradia que concede R$ 400 mensais ao aluno, bolsa monitoria, bolsa extensão e bolsa trabalho todas com valores similares à bolsa de iniciação científica. Ainda como apoio aos estudantes foi implantado o Restaurante Universitário em duas unidades da capital, e o primeiro RU para o interior está em fase de licitação e será implantado no próximo semestre no CES de Parintins.
Para consolidar a atuação da UEA os atuais Centros de Ensino serão ampliados, já estando em elaboração os projetos. Por determinação do Governador Omar Aziz dez novos núcleos serão implantados em cidades do Interior até o ano de 2014. Todavia, o grande projeto de estrutura física será a construção da Cidade Universitária à margem direita do Rio Negro em um terreno de 13 milhões de metros quadrados, cujo EIA Rima está em curso, e o projeto básico, para ser amplamente discutido com a comunidade acadêmica e a sociedade, está em fase final de elaboração. A Cidade Universitária vai reunir todas as unidades da UEA, parque tecnológico, vila olímpica, alojamentos para 2.000 acadêmicos vindos do interior, hospital escola e centro de mídia, destinado à telesaúde e educação.
Todos esses avanços foram conseguidos em menos de dois anos e se deram a partir de compromissos de governo e de rigorosa gestão administrativa, de pessoal e financeira, sem a necessidade de suplementação orçamentária.
Para continuar avançando é preciso, no âmbito interno, que professores, servidores e alunos compreendam que o projeto de consolidação da UEA depende de nós e é maior do que cada um de nós. É preciso também que a sociedade amazonense entenda que esta instituição é nossa e é muito importante para a construção de futuro melhor para todos.
A Universidade que queremos dependerá de nós.
*O autor é geógrafo, professor universitário e reitor da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Artigo publicado simultaneamente no Jornal Diário do Amazonas e no portal D24am.