Amazonas contará com Sala Cirúrgica inteligente em 2014
CIÊNCIAemPAUTA, por Adriana Pimentel
Imagine equipamentos como braços pneumáticos, acionados por um painel sensível ao toque que, associado ao sistema de comando de voz, permitem mais autonomia a equipe médica, tornando os procedimentos cirúrgicos mais rápidos e simples, associada a uma economia de 50% em relação às cirurgias tradicionais. Esse é o projeto de construção da primeira Sala Cirúrgica inteligente da região Norte.
O projeto, orçado em torno de R$ 3,5 milhões, é uma iniciativa do Governo do Amazonas em conjunto com a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI – AM), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon) está previsto para o inicio de 2014.
A sala cirúrgica inteligente funcionará por meio da combinação de vários equipamentos, os quais, interligados por softwares, efetuam a comunicação, gravação e migração de arquivos e imagens de um equipamento para outro, com ênfase na tecnologia dentro do centro cirúrgico, permitindo a realização de procedimentos cirúrgicos de maneira mais simples.
O projeto é coordenado pelo especialista em urologia Cristiano Paiva, em conjunto com os profissionais de urologia da FCecom e tem como objetivo buscar a realização de pesquisas de alta qualidade na área de cirurgia minimamente invasiva em oncologia. A proposta segue a tendência mundial e potencializa a geração de publicações científicas de alto impacto, contribuindo para o crescimento científico do Estado do Amazonas.
ECONOMIA COM REDUÇÃO DE CUSTOS
Segundo o pesquisador, a sala cirúrgica inteligente oferecerá procedimentos avançados e eficazes para pacientes atendidos na rede pública. Com isso, o Amazonas além de ser o pioneiro na região norte neste tipo de procedimento, poderá reduzir os custos em cerca de 50% em relação às cirurgias tradicionais, pois o tempo de internação, o uso de medicamentos, por exemplo, é reduzido com esse método.
Outras vantagens da sala cirúrgica inteligente são: cicatriz cirúrgica reduzida, redução da dor pós-operatória, menor sangramento, menor índice de infecções, recuperação mais rápida e retorno breve às atividades habituais.
Cirurgias minimamente invasivas podem diminuir o índice de internações desnecessárias, uma vez que vários procedimentos laparoscópicos só podem ser realizados em hospital. O objetivo é dar mais segurança ao paciente.
Fonte: CIÊNCIAemPAUTA, por Adriana Pimentel