Amazonas deve continuar implementando ações voltadas para a ciência
Com o tema ‘Diversidade tropical e ciência para o desenvolvimento’, o 3° Encontro Preparatório para o Fórum Mundial de Ciência 2013 abordou temas relevantes para o cenário científico amazonense, além de reunir grandes nomes do setor que destacaram, durante os três dias, como a ciência está sendo desenvolvida na Amazônia e a busca por soluções necessárias para o futuro na região.
Durante o evento, coordenado pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI-AM), em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), foram realizadas várias mesas-redondas com a participação de mais de 20 palestrantes, entre especialistas e doutores na área científica.
Entre os assuntos debatidos no encontro destacam-se ‘Ciência para o uso de recursos naturais tropicais’, ‘Educação e Cultura para formação de cientistas e inovadores nos trópicos’, ‘Ética e Ciência na fronteira do conheciment’, ‘Ciência para a saúde em regiões tropicais’ e ‘Florestas tropicais, mitigação e adaptação a mudanças climáticas’.
Segundo o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, Odenildo Sena, receber a reunião no Estado é um reconhecimento da competência da região na produção científica. “O Amazonas teve o privilégio de ser o Estado da Região Norte a receber a reunião e de graça. E hoje nada é de graça. Então essa oportunidade comprova que o Estado tem competência e está produzindo ciência de qualidade”, afirmou.
Para o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Dr. Adalberto Luis Val, os impactos esperados pelo encontro devem se concentrar na reflexão de que Amazonas em particular desponta como uma região extremamente importante, não só para a ciência mundial, mas também para a produção de ciência.
“O Amazonas hoje se destaca em vários aspectos, como cenário ambiental, cenário social, e penso que a ciência robusta tem um papel importantíssimo para alavancar o nosso desenvolvimento nos processos de inclusão social. E, para isso, precisamos estar conectados a uma aliança mundial. E esse é o legado que aprendemos através de todas as discussões aqui oferecidas pelo encontro”, destacou.
Na opinião da diretora-presidenta da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), Maria Olívia Simão, a reunião, em Manaus, serviu para debater a sustentabilidade. “Essa discussão da sustentabilidade é o tema de debate do Fórum Mundial. Também estamos discutindo um plano a longo prazo para a ciência na Amazônia, e essa reunião servirá para uma reflexão futura”, frisou Simão.
EXPECTATIVAS E NOVIDADES
Conforme Val, a organização para o Fórum traz excelentes expectativas. Ele destaca que um dos motivos é realização, pela primeira vez, do evento fora da Hungria, país de origem, que sediava o Fórum desde sua primeira edição “Ele tradicionalmente é realizado em Budapeste, na Hungria, desde sua criação, e a nossa expectativa é muito grande em poder acomodar esse evento referência em Ciência aqui no Brasil”, declarou.
Entre as novidades citadas por Val durante as discussões do encontro está a preocupação entres cientistas e pesquisadores de fazer com que as diversidades culturais permeiem os processos que contribuem para o avanço científico. “Penso que esse foi um dos pontos mais importantes de discussões e debates presentes nesse encontro”, afirmou.
Outro fator destacado pelo diretor foi a questão da participação das populações tradicionais no processo da produção do conhecimento. “Não apenas pelo conhecimento que eles já detêm, mas também por conta fundamentalmente da própria iniciativa da população em participar do processo e desenvolvimento do conhecimento científico”, completou.
SOBRE O FÓRUM
O Fórum Mundial de Ciência foi criado em 1999, em Budapeste (Hungria), e ocorre bianualmente desde 2003, com o apoio da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
Pela primeira vez em sua história, o Fórum ocorrerá fora de seu país de origem, tendo sua 6ª edição, cujo tema é ‘A Ciência para o Desenvolvimento Sustentável Global’, realizada em novembro de 2013, no Rio de Janeiro.
A coordenação das ações do evento no Brasil é de responsabilidade do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com as principais instituições científicas brasileiras.
Fonte: Agência Fapeam, por Janaína Karla