Secretário estimula reitores a montar centros vocacionais tecnológicos

O Amazonas, deve receber uma unidade relacionada a economia criativa, em parceria do MCTI com o Ministério da Cultura. Imagem: Reprodução

Parcerias entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e universidades ou institutos federais podem ajudar os Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs) a se espalharem de vez por todo o território nacional. O secretário de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social do MCTI, Oswaldo Duarte Filho, lançou a ideia nesta quarta-feira (04), durante um encontro da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

Segundo Duarte Filho, o fato de boa parte dos 255 CVTs em funcionamento terem sido montados por emendas parlamentares concentrou a distribuição geográfica. “Alguns estados perceberam a importância do instrumento, como Minas Gerais, com 84 unidades, e o Rio de Janeiro, com 34. Em contrapartida, seis estados ainda não têm um centro sequer. Para distribuir melhor isso, a gente precisa das universidades e dos institutos federais”, disse.

Na avaliação do secretário, os CVTs têm potencial de suprir necessidades sociais em qualquer estado. “Trabalhamos com um público que tem pouco acesso ao ensino superior”, comentou. “Quando se monta um campus em uma determinada cidade, pode haver uma frustração e uma distância muito grandes entre a população, muitas vezes carente, e a própria universidade instalada lá. O centro vocacional é um instrumento que faz essa ponte muito bem”.

Os CVTs têm objetivo de propiciar um ambiente para desenvolvimento, promoção e oferta de serviços e produtos voltados ao fortalecimento dos sistemas produtivos locais, em diversas áreas temáticas, por meio da extensão tecnológica e do incremento de tecnologias sociais, além da realização de atividades de educação profissional de base tecnológica.

Duarte Filho explicou aos reitores presentes na reunião da Andifes que, até 2012, os CVTs corriam mais riscos de serem desativados quando prefeituras mudavam de gestão ou universidades passavam por crises. “Pelo novo desenho, temos um conselho gestor que envolve uma instituição de ensino, a prefeitura, o poder público do estado, o sistema S e a comunidade, para criar condições de sustentabilidade ao próprio centro vocacional”, afirmou.

O secretário adiantou que um dos seis estados sem CVT, o Amazonas, deve receber uma unidade relacionada a economia criativa, em parceria do MCTI com o Ministério da Cultura. Outros centros em gestação atenderiam a cadeia produtiva do carnaval, moradores de núcleos habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida e parte da população indígena do Xingu, que enfrenta dificuldades para pescar seu alimento por causa da contaminação de rios.

POPULARIZAÇÃO DA CIÊNCIA

Ao apresentar os seis programas estruturantes da secretaria, Duarte Filho convidou os reitores a organizarem suas entidades para que participem da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), de 21 a 27 de outubro, sob o tema “Ciência, saúde e esporte”. “É uma forma de divulgação das nossas instituições e, principalmente, da ciência para os estudantes da região onde estão inseridas.”

Ele destacou o apoio do MCTI a eventos escolares como a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep): “Somente 36 dos 5.560 municípios brasileiros não participam neste ano. Agora, vamos fazer marcação homem a homem, porque no ano que vem queremos 100% de participação”.

Além da popularização da ciência, Duarte Filho apresentou projetos em andamento e futuros editais dentro dos outros programas estruturantes da secretaria – inclusão produtiva e tecnologia social, segurança alimentar e nutricional, tecnologia assistiva, cidades sustentáveis e inclusão digital.

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Fonte: MCTI