AM investe cerca de R$ 31,4 milhões para pesquisa em micro e pequenas empresas
O secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, Odenildo Sena, informou que, de 2004 a 2013, o governo do Amazonas investiu cerca de R$ 31,4 milhões para pesquisa e desenvolvimento em micro e pequenas empresas. Os recursos foram destinados via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) em parceria com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio da Agência Brasileira de Inovação (Finep).
Segundo ele, a política pública de incentivo à inovação nos negócios no Estado é voltada para aproximação dos institutos de pesquisa ao setor produtivo. “Os recursos são importantes, mas chega um momento em que eles sozinhos não bastam. É preciso a interação entre os entes. Com a estratégia de dialogar a respeito dos projetos daremos saltos qualitativos e quantitativos na Amazônia”, disse Sena.
Neste mesmo período, segundo dados disponíveis no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), dos 50 dos 428 grupos de pesquisa no Amazonas, demandaram ações de 70 empresas. Deste número, 23,7% foram pesquisas científicas com consideração de uso imediato dos resultados pelas empresas. Nesse mesmo contexto, 67 empresas demandaram ações para 73 grupos de pesquisas sediados no Amazonas.
Para o coordenador-geral do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia da Rede Bionorte (PPG-Bionorte), Spartaco Astolfi Filho, os recursos do Estado, principalmente os destinados à Rede Bionorte, beneficiam, indiretamente, os outros Estados brasileiros.
WORKSHOP DE INTERAÇÃO
O ‘1º Workshop de Interação entre Instituições Científicas e Tecnológicas & Empresas’ está sendo realizado pelo PGCT- Rede Bionorte com financiamento da Fapeam e apoio do MCTI, da Secti-AM e das Universidades Federal (Ufam) e do Estado do Amazonas (UEA).
O diretor-técnico da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Francisco Assis, afirmou que o workshop vem ao encontro dos anseios do setor empresarial. “Temos de unir a demanda e a oferta e aproximar, cada vez mais, o setor produtivo das instituições de pesquisa. Estamos à disposição para participar dessa interação”, disse.
A programação segue durante a tarde, com as palestras da pró-reitora de inovação tecnológica da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Maria do Socorro Rodrigues, e do superintendente da Fundação Certi, Carlos Schneider, sobre o elemento chave para a estruturação de um polo tecnológico como o do Condomínio Centro Empresarial Tecnópolis, em Florianópolis.
SOBRE A REDE BIONORTE
Criada em 2008, a Rede Bionorte tem o objetivo de apoiar os Estados da Amazônia Legal, fortalecendo a infraestrutura e formando recursos humanos para a melhoria da pesquisa na região.
A Bionorte reúne cientistas da região e é formada por profissionais dos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação, da Indústria e Comércio (Mdic), CNPq, Finep, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), dos Conselhos Nacionais de Secretários Estaduais parra Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti) e das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), além do Fórum de Pró-Reitores de Pós-Graduação e Pesquisa (Foprop) e de instituições de ensino e pesquisa da Amazônia Legal.
Fonte: Agência Fapeam, por Camila Carvalho
Fotos: Érico Xavier/Agência FAPEAM