Amazonas passará a produzir aguardente de cupuaçu, afirma pesquisador
A partir de 2016, o Amazonas será primeiro Estado do mundo a produzir e a comercializar a aguardente de cupuaçu. A previsão é do doutor em Química de Produtos Naturais pela Universidade do Mississipi (EUA), José Augusto da Silva Cabral, que está desenvolvendo um estudo para a produção da aguardente.
O estudo recebe aporte financeiro do Governo do Estado, via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), por meio do Programa de Apoio à Programa de Subvenção Econômica à Inovação Tecnológica em Micro e Empresas de Pequeno Porte (Tecnova/Finep/Amazonas).
Intitulado “Desenvolvimento e implantação da introdução pioneira da aguardente de cupuaçu”, o projeto de pesquisa teve início em março deste ano e está na fase de ajustes técnicos quanto, entre outros, ao teor alcoólico da aguardente e práticas de produção em grande escala.
“Nas aguardentes produzidas até agora, utilizei um alambique de 20 litros, pequeno e experimental, que nos permite produzir um litro e meio por alambicada em três dias. Recentemente adquiri um alambique maior, de 200 litros, com o qual poderei produzir 30 litros por alambicada”, disse o pesquisador.
PRODUÇÃO
Segundo Cabral, para a produção de um litro de aguardente são necessários 10 quilos de polpa da fruta, adquiridos de fornecedores registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
“Com o alambique maior, produzirei 30 litros por alambicada. Nossa intenção é produzir, inicialmente, 150 litros por semana, 600 litros por mês para comercialização com teor alcoólico de 40%”, disse.
SOBRE O TECNOVA
O Programa, desenvolvido em parceira com a Agência Brasileira de Inovação (Finep), tem como objetivo selecionar propostas empresariais para subvenção econômica à pesquisa e desenvolvimento de processos e/ou produtos inovadores no Amazonas, que envolvam significativo risco tecnológico associado a oportunidades de mercado.
Fonte: Agência Fapeam, por Camila Carvalho