Amazonas receberá o maior investimento em subvenção econômica já registrado

CIÊNCIAemPAUTA, por Danyelle Soares

O anúncio do investimento da ordem de R$ 13,5 milhões, sendo R$ 9 milhões oriundos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e um aporte da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), no valor de R$ 4,5 milhões, foi feito na última sexta-feira, durante a 6ª Reunião do Fórum de Inovação do Amazonas. O recurso será destinado as micro e pequenas empresas aprovadas na seleção do programa Tecnova. Os empresários passarão por uma seleção para aprovação no programa.

“Isso vai trazer um novo gás para as micro e pequenas empresas. Estamos dispostos a trazer para o Amazonas esse investimento de R$ 13 milhões. É o maior investimento em subvenção econômica já feito aqui, em relação aos outros e isso significará muito para todos nós”, disse o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI/AM), Odenildo Sena.

A reunião, que foi realizada na sede da Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (Fucapi), contou com a presença de empresários e representantes de instituições públicas e privadas da área de CT& I. Além dos titulares da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação – SECTI/AM, Odenildo Sena, e da Fapeam, Maria Olívia Simão.

TECNOVA

Como parte da programação, a diretora técnico-científica da Fapeam, Dra. Andrea Waichmann apresentou a palestra “Tecnova: um instrumento de desenvolvimento regional”. A apresentação teve como objetivo anunciar a participação do Amazonas no mais novo programa de subvenção econômica para aplicação em micro e pequenas empresas da Finep.

De acordo com a diretor técnico-científica. Andrea, serão liberados R$ 190 milhões para todo o Brasil. Cada estado terá que investir seguindo a seguinte divisão:

Diretora técnico-científica da Fapeam apresenta Tecnova. (Foto: CIÊNCIAemPAUTA)

– 40% do valor para atender projetos das áreas de gás e petróleo, energias alternativas e TCI’s ;

– 60% dos recursos devem ser destinados aos temas regionais.

No caso do Amazonas, as áreas escolhidas foram construção naval, biotecnologia, biofármacos, produtos alimentícios com insumos amazônicos, produtos florestais madeireiros e não madeireiros e produtos e serviços ambientais.

“Nós abriremos para 330 empresas para concorrerem ao edital do programa. Essas deverão passar por uma fase de análise e dessas 45 devem ser contratadas, e receberão por projeto, de R$ 120 mil a R$ 400 mil. Elas terão um prazo de 24 meses para executar o projeto”, disse Andrea Waichmann.

Para o representante da empresa Amazon Green, Francisco Aguiar, esse investimento representa a efetivação de projetos que há muito tempo estavam até mesmo guardados. “Temos que continuar pleiteando esse tipo de investimento para a Amazônia. Nós temos um potencial muito grande, mas isso não pode ficar apenas no papel. É preciso concretizar e transformar isso em produto, gerando riqueza e renda”, comentou.

Representante da ABIPT apresentou curso Agintec. (Foto: CIÊNCIAemPAUTA)

INVESTINDO NA FORMAÇÃO

Outro momento de destaque da reunião foi a apresentação sobre o curso de Especialização Agente de Inovação e Difusão Tecnológica (Agintec), feita pelo diretor de Relações Interinstitucionais da Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica e Inovação (Abipit), Félix Andrade da Silva.

O curso visa à formação de profissionais capacitados para negociar e catalisar os processos de difusão e apropriação econômica e social do conhecimento para fortalecer a cultura da inovação no país.

No Amazonas, o curso conta com o apoio da SECTI-AM e será executado  em parceria com a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), que destinará o valor de R$ 208 mil por turma, sendo que a intenção é viabilizar pelo menos duas turmas.  O curso compreende 360 horas, o que deve durar de cinco a nove meses.