Amazonas se destaca no cenário nacional de pesquisas em comunicação

De 2 a 6 de setembro, estudantes, professores, pesquisadores e profissionais da área de comunicação do Estado se concentraram no 34º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (Intercom), na Universidade Católica de Pernambuco, em Recife.

Entre os trabalhos apresentados no Grupo de Pesquisa Comunicação, Ciência, Meio Ambiente e Sociedade do Intercom, destaca-se a pesquisa sobre o uso das mídias sociais pelas Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs), realizada pela mestra em Ciências da Comunicação pela Ufam e jornalista, Cristiane Barbosa em co-autoria com a jornalista Lisângela Alves.

O objetivo deste trabalho foi verificar como e se as Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa utilizam mídias sociais, como o Twitter, para divulgar notícias relacionadas à ciência, tecnologia e inovação no País. “A ideia foi de mapear o uso dessa ferramenta pelas FAPs, apontando um breve diagnóstico do início da cultura da divulgação científica nas mídias sociais no Brasil, especificamente por essas instituições”, explicou Barbosa.

Como resultado constatou-se que dentre as FAPs de todo o País, o Twitter da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), que existe desde 2008, destaca-se como o segundo que mais utiliza essa mídia social como instrumento contínuo de divulgação científica e institucional.

Em primeiro lugar na utilização do Twitter, figura a Fapesp à frente das outras fundações em quantidade de postagens e de seguidores, bem como na qualidade e na forma de uso do instrumento. A Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico ocupa a terceira posição que mais posta notícias no microblog, entre as FAPs.

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O trabalho pretendeu ainda levantar uma reflexão sobre o avanço dessa ferramenta e como ela deve contribuir com o fortalecimento da comunicação de ciência em todas as regiões.

Segundo a pesquisa, esses números não são definitivos e podem mudar dentro de segundos, visto que o crescimento dessa mídia é contínuo devido a suas características. A pesquisa concluiu que as fundações reconhecem no Twitter uma ferramenta eficaz e importante para a comunicação da ciência no País. “A aposta em novas formas de comunicar é certamente o caminho que está sendo seguido pelas FAPs”, afirmou Barbosa.

O coordenador da sessão de apresentações, Arquimedes Pessoni, considerou o tema muito importante e atual nas pesquisas da área, ressaltando a relevância do trabalho para o grupo.

FAPEAM contribui para avanço na divulgação da ciência

A mestranda em Ciências da Comunicação pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e bolsista da FAPEAM, Edilene Mafra, mostrou no Congresso uma pesquisa que aponta as informações referentes aos avanços e investimentos no campo da ciência e tecnologia e ações das Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs). O trabalho foi feito em co-autoria com os bolsistas do Programa de Comunicação Científica da FAPEAM, Carlos Fábio Guimarães e Soraia Magalhães.  

“Apresentamos um relato sobre a trajetória histórica da Fapeam, destacando as atividades realizadas pelo Programa de Apoio à Divulgação da Ciência (Comunicação Científica) na elaboração de produtos e serviços, e sua contribuição para o fortalecimento da divulgação da ciência no Amazonas durante o ano de 2010”, explicou.

“A ciência é um desafio e quando se trata de Amazonas, é uma maneira de diminuir as distâncias e propagar a produção científica em uma linguagem simples, de modo que a população possa compreender a importância da ciência em seu dia-a-dia, pois não adianta falar de temas como biotecnologia, biomas aquáticos ou aquecimento global de maneira complexa. É preciso considerar os diferentes públicos, desde o cientista até o ribeirinho do mais longínquo município”, explicou Mafra.

Além dessa pesquisa, Mafra também levou este ano para o Intercom Nacional, o artigo científico intitulado “O rádio no país das Amazonas em tempos de internet”, produzido em parceria com alunos de comunicação social do Uninorte.

Segundo Mafra, o rádio é um dos principais meios de comunicação no Amazonas. Ainda hoje, ele desempenha um papel importante na construção da cidadania por meio da transmissão de conteúdos de entretenimento e informação, além de tirar o homem amazônida do isolamento geográfico. Esta pesquisa visa traçar um panorama do que é o rádio amazonense nesta era da interatividade digital, trazendo informações de fases da história do rádio no Amazonas e da convergência do meio para a internet. “Em tempos de internet, esse rádio do país das Amazonas ganha dimensões mundiais e a floresta de antenas passa a ter voz decodificada em bits ebytes e quebra todas as barreiras do geográfico”, destacou.

Com informações da Agência Fapeam