Ambiente de inovação piora e Brasil cai em ranking mundial sobre TICs

O Brasil também figura no relatório entre as nações que não conseguem avançar no campo das TICs, como a maioria dos vizinhos latino-americanos. Foto: Reprodução

O Brasil derrapa no desenvolvimento e uso das tecnologias de informação e comunicações, segundo indica o índice elaborado pelo Fórum Econômico Mundial. Em relação ao ano passado, o País caiu nove posições – para o 69º lugar entre 148 nações avaliadas.

De acordo com o Relatório Global sobre a Tecnologia da Informação 2014, o País não chegou a ‘piorar’. Em verdade houve uma pequena melhora graças ao subíndice específico sobre infraestrutura. Mas a queda no ranking se deu “porque outras economias foram mais rápidas em abraçar a revolução digital”.

“Em geral, o País exibe níveis relativamente altos de uso de TICs, com cerca de metade da população utilizando a Internet, uma indústria de comércio eletrônico bem desenvolvida e o governo comprometido em oferecer um significativo número de serviços online”, sustenta a análise específica do Brasil. Mas as falhas também são aparentes.

“No entanto, um ambiente pobre para inovação e negócios, combinado com fraquezas no sistema educacional, notavelmente nas áreas de matemática e ciências, dificulta a fruição dos impactos econômicos que as TICs proporcionam. Apenas uma proporção pequena da população participa de empregos intensivos em conhecimento”, conclui o relatório.

O Brasil também figura no relatório entre as nações que não conseguem avançar no campo das TICs, como a maioria dos vizinhos latino-americanos, com as mencionadas exceções de Chile, Panamá, Uruguai e Colômbia, situadas entre aqueles países com “progresso significativo no desenvolvimento e acesso na infraestrutura de TICs”.

A necessidade de melhoria em conectividade, por sinal, é o destaque na análise da América Latina e Caribe. Além disso, “fraquezas persistentes no sistema de inovação dificulta a capacidade da região para o completo aproveitamento das TICs na ampliação do potencial competitivo”, sustenta o estudo.

Esse problema não é exclusivo dos latinos, mas mais um elemento que separa os países ricos dos nem tanto. Segundo o estudo, esses pontos “destacam o surgimento de uma nova divisão digital – qual seja, a divisão entre os países que estão alcançando impactos econômicos e sociais positivos relacionados ao uso de TICs e aqueles que não estão”.

Fonte: Convergência Digital