Arranjos produtivos locais são estratégicos para desenvolver interior do AM

Segundo Claudino, atualmente há dez potencialidades de arranjos produtivos registradas no Estado do Amazonas. Foto: Érico Xavier/Fapeam

“Os Arranjos Produtivos Locais (APLs) são estratégicos para o desenvolvimento sustentável do interior do Amazonas”. Foi o que afirmou o secretário estadual de Planejamento e Desenvolvimento Econômico, Airton Claudino, durante o 2º Seminário Estadual de APLs. O evento ocorreu na segunda-feira (09), no auditório do Serviço Brasileiro de Apoio às Pequenas e Micro Empresas do Amazonas (Sebrae-AM), e foi promovido pelo Governo do Estado, via Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico (Seplan).

Segundo Claudino, atualmente há dez potencialidades registradas no Estado, com polos nos municípios de Tabatinga, Iranduba, Manacapuru, Itacoatiara, Boa Vista do Ramos e Manaus. Ele disse que por meio de arranjos produtivos, essas potencialidades estão sendo exploradas e sendo transformadas em produtos.

Para o coordenador geral dos APLs do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Ricardo de Paula Romeiro, o País tem de voltar suas atenções e priorizar os investimentos nos arranjos produtivos locais. Segundo ele, nos últimos 10 anos foram formalizados 1,3 mil APLs em todo o País.

“Um dos grandes gargalos dos APLs está na parte de ciência, tecnologia e inovação. O Brasil evoluiu nas questões ligadas à inovação e no apoio às empresas e APLs com base tecnológica. Nossos arranjos produtivos também têm o viés de inovação devido a expansão do Pronatec, do Senai e das escolas técnicas. Esse tema de inovação tem de ser conhecido por todos para que ele (inovação) realmente ajude no desenvolvimento do País”, ponderou.

Palestrantes do seminário, a diretora-presidenta da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), Maria Olívia Simão, ressaltou que a transformação de arranjos produtivos locais em negócios sustentáveis só é possível a partir da interação e convergência entre os atores ao longo do processo. “Em 2004, tanto a academia quanto a FAP estavam focados em uma agenda comum, que era solucionar os problemas do setor acadêmico. Por outro lado, tínhamos o Sebrae com uma relação forte com o setor de serviços. Nos últimos anos, aceitamos o desafio de trabalhar em conjunto em projetos de subvenção econômica”, disse.

Conforme Maria Olívia, o Governo do Estado tem investido no setor produtivo por meio do fomento à pesquisa e desenvolvimento. Ela declarou que já foram investidos cerca de R$ 17,6 milhões, via Programa Amazonas de Apoio à Pesquisa em Micro e Pequenas Empresas (Pappe), para o fomento à inovação nas empresas, tendo a Agência Brasileira de Inovação (Finep) como parceria.

Também participaram do seminário, o diretor do Sebrae-AM, Nelson Rocha, o diretor da faculdade da Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (Fucapi), Niomar Pimenta, e o coordenador geral do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia da Rede Bionorte (PPG-Bionorte), Spartaco Filho. O PPG-Bionorte também recebe aporte financeiro via Fapeam.

Fonte: Agência Fapeam, por Camila Carvalho