Brasil vai instalar nova estação meteorológica no gelo da Antártica

O objetivo dos pesquisadores é avaliar o impacto regional das emissões de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera. Foto: Reprodução

Três anos depois de instalar o primeiro observatório climático no interior da Antártica, o Brasil se prepara para fincar nos próximos dois anos uma nova “bandeira científica” na maior massa de gelo do planeta. Alguns dos objetivos são aprofundar o conhecimento científico sobre o clima e avaliar o impacto regional das emissões de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera.

Chamada Criosfera 1, a rede de estações meteorológicas – que capta individualmente os impactos das mudanças climáticas na atmosfera – foi alocada no gelo antártico, no fim de 2011, a uma distância de 2500 Km ao sul da Estação Antártica Brasileira Comandante Ferraz, situada na parte oceânica do continente gelado. Agora, cientistas brasileiros se preparam para instalar o que chamam de Criosfera 2, no bloco de gelo antártico.

CENÁRIOS REGIONAIS PARA O CLIMA

Simões destaca a importância de aumentar a base de dados científicos, traçar uma “modelagem” do clima e mensurar o impacto regional das emissões de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera nos próximos anos.

“Um dos esforços hoje para modelar o clima no Atlântico sul da Antártica, onde tudo está relacionado ao clima do Brasil, é aumentar a base de dados. Se não existem dados não se consegue fazer a modelagem de maneira correta, imediata e com aplicabilidade”, explica Simões, também diretor do Centro Polar e Climático do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), um dos responsáveis pelas estações meteorológicas na Antártica.

Além da UFRGS, os projetos são de responsabilidade da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP). São fomentados pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), cuja verba é repassada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

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Fonte: Jornal da Ciência, por  Viviane Monteiro