Carência de engenheiros no AM motiva o Edital ProEngenharias
20/12/2011 – Há carência de engenheiros no Brasil e em especial no Amazonas conforme pode ser confirmado nos dados do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), de 2009 e do Censo da Pesquisa no Brasil do CNPq, de 2010. Enquanto países como a China formam 300 mil engenheiros por ano, no Brasil são somente 23 mil engenheiros formados no mesmo período. Na região Norte, este dado é ainda mais preocupante quando se constata que a região concentra somente 4%, ou seja, 778 pesquisadores em engenharia no País.
Diante deste cenário, o Governo do Estado do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (SECTAM), Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam) e Secretaria de Estado de Educação (Seduc) elaborou e está oferecendo o Edital 025/2011, referente ao Programa Estratégico de Indução à Formação de Recursos em Engenharias no Amazonas (Pró-Engenharias).
“Este programa foi gestado a partir da importância estratégica da área de Engenharias para o desenvolvimento do Estado. É uma resposta a essa carência grande que o Brasil, particularmente o Amazonas, tem das engenharias”, afirmou o secretário de C&T do Amazonas, Odenildo Sena.
A diretora-presidenta da FAPEAM, Maria Olívia Simão, compartilha a mesma opinião do secretário Odenildo Sena. “Quando nós falamos no Estado do Amazonas, sabemos que temos riquezas e muitos produtos que precisam passar pelo processo de industrialização e de transformação de insumos em produtos industrializados. E quando nós avaliamos o número de engenheiros formados no Amazonas, nós constatamos que nós temos um déficit desses profissionais no Estado”, acrescentou.
O Pró-Engenharia contempla uma arquitetura diferenciada e ousada, que implica em reunir alunos de excelente qualidade e trabalhar junto com estes alunos do Ensino Médio à Pós-graduação. O programa ainda não encerrou a primeira seleção, mas já está conquistando outras fontes de financiamento. “O presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), Glaucius Oliva, ficou muito entusiasmado com este programa, porque ele vai envolver alunos do ensino médio, da graduação e da pós-graduação”, compartilhou o secretário Odenildo Sena. “O presidente do CNPq comprometeu-se a, no próximo ano, firmar parceria com a Fapeam para oferecer mais duas turmas do programa Pró-Engenharias”, antecipou.
Entenda mais o Pró-Engenharias
As propostas podem ser apresentadas até o dia 16 de janeiro de 2012, articulando uma ação conjunta, com duração de no mínimo dois e no máximo três anos, entre uma Instituição de Ensino Superior Pública e Escolas Estaduais de Ensino Médio, buscando despertar no aluno a vocação para a carreira de nível superior nas áreas de Engenharias.
Deverá ainda estabelecer um cronograma de atividades entre os professores e estudantes do Ensino Médio para dar embasamento teórico necessário e suficiente para permitir uma visão científica das áreas atendidas, bem como ter foco no desenvolvimento de uma cultura empreendedora, preferencialmente voltada à inovação.
O Pró-Engenharias contempla uma bolsa de Gestão de Ciência e Tecnologia, seis bolsas para professores Jovem Cientista, quatro bolsas de Iniciação Científica e 40 bolsas de Iniciação Científica Júnior.
Ao final do projeto, caso os estudantes selecionados obtenham resultado satisfatório em sua atividade, devidamente chancelado pelo professor coordenador da proposta, a Fapeam se compromete a apoiar, com bolsas de estudo, a formação destes estudantes até a conclusão do curso. E ainda, caso o estudante obtenha progressão em nível de pós-graduação (mestrado e doutorado), a Fapeam mantém o apoio por meio de bolsas de estudo.
Foto 1: Secretário de C&T do Amazonas, Odenildo Sena, e diretora-presidente da Fapeam, Maria Olívia Simão (Crédito Foto: CIÊNCIA EM PAUTA / SECTAM: Vladimir Sampaio)
CIÊNCIA EM PAUTA/SECTAM (4009 8110)