CGEE conduz projeto de instituição de ensino superior indígena
O Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) está conduzindo um projeto para a criação de uma instituição de ensino superior indígena. A iniciativa, demandada pelo Ministério da Educação (MEC), conta com o apoio dos vários povos que habitam as terras já demarcadas pelo Governo brasileiro na Bacia do Rio Negro, no Amazonas. São quatro famílias linguísticas, de várias etnias, totalizando uma população de cerca de 20 mil pessoas na região.
Um grupo do CGEE realizou, na terça-feira (08), em São Gabriel da Cachoeira (AM), uma reunião com diversos atores locais interessados no tema. De acordo com o líder do projeto no centro, José Hartur Setúbal, a criação do Instituto de Conhecimentos Indígenas do Rio Negro (ICIRN) deverá promover os aspectos interculturais que ligam as sociedades indígenas a outros grupos pertencentes a diversas influências étnicas.
Na sua avaliação, o respeito incondicional aos aspectos culturais, históricos, sociais, a linguagem e os processos diferenciados de aprendizagem dos povos indígenas têm sua importância, pois são condutores do próprio processo de aquisição de conhecimento desses grupos.
“Essas variáveis devem ser consideradas e discutidas como um espectro mais amplo para se elevar as minorias étnicas ao posto de atores sociais de extrema relevância para a cultura educacional de um país. A educação é um fator-chave para o seu processo de desenvolvimento”, destaca.
De acordo com Setúbal, a educação básica da região conta com uma rede de 238 escolas municipais de ensino fundamental e 13 escolas estaduais de ensino médio, além de 131 professores indígenas frequentando a formação de ensino superior, 125 já graduados e dez com pós-graduação.
Fonte: CGEE