Ciência sem Fronteiras ganha reforço no aprendizado de inglês
O programa Ciência sem Fronteiras (CsF) ganhou um reforço com o lançamento, nesta terça-feira (18), do programa Inglês sem Fronteiras pelo Ministério da Educação (MEC). Para auxiliar no processo de integração dos estudantes, o novo programa prevê a aplicação de 500 mil testes de nivelamento de proficiência em língua inglesa até 2014, cursos a distância e presenciais, além do fortalecimento do ensino de línguas nas universidades.
Na avaliação do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, a iniciativa, que tem apoio de sua pasta, faz parte de um esforço brasileiro para dar maior efetividade ao CsF. “Em benefício da internacionalização da ciência no Brasil e do aperfeiçoamento da formação dos jovens brasileiros”, afirmou na abertura da solenidade.
Raupp avaliou que o programa é de fundamental relevância para superar a dificuldade do idioma observada durante a gestão do CsF. Para que a iniciativa do governo federal tenha pleno êxito, ressaltou ele, os estudantes precisam estar bem preparados para aproveitar plenamente a oportunidade de fazer os cursos no exterior oferecidos pelo programa.
“Inglês é a língua universal da ciência. Mesmo nos países que não são de fala inglesa, a língua é fundamental para acompanhar os cursos nas boas universidades”, afirmou. “O aluno passa também a ter a oportunidade de se alistar nas melhores universidades de mundo, que, na grande maioria, operam com a língua inglesa”, acrescentou o ministro.
OPERAÇÃO
Ao longo do programa, serão desenvolvidas ações relativas ao credenciamento das instituições de educação superior para aplicação dos testes de proficiência exigidos para o intercâmbio, como o Test of English as a Foreign Language (Toefl) e o International English Language Testing System (Ielts), que permitem maior fluxo de inscrições no programa Ciência sem Fronteiras.
“Entre 2013 e 2014 nós vamos começar com 500 mil testes do Toefl, que é o exame de proficiência em inglês mais reconhecido para todas as universidades americanas e para a maioria das universidades que usam a língua inglesa no mundo”, informou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Segundo ele, o teste será aplicado para todos os alunos que alcançaram mais de 600 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que são elegíveis para participar do CsF.
Os alunos serão classificados em cinco níveis e, a partir do diagnóstico, vão receber a senha do curso. “Estamos começando com 100 mil senhas e pretendemos ampliar”, acrescentou Mercadante. Ele informou que, além do curso a distância, os alunos que estão mais próximos da proficiência terão a oportunidade de realizar cursos presenciais. “Isso é indispensável para que o Brasil internacionalize a ciência, tenha a sua competência reconhecida, estabeleça novas parcerias e possa aprender com a experiência cultural, científica e tecnológica de outros países”, frisou o ex- ministro do MCTI.
Representantes de dez universidades federais integram comissão criada para planejar, organizar e gerenciar as ações do Inglês sem Fronteiras a serem desenvolvidas no Brasil: São Carlos (UFSCar), Santa Catarina (UFSC), Minas Gerais (UFMG), Uberlândia (UFU), Rio Grande do Sul (UFRGS), Fluminense (UFF), Ceará (UFC), Pernambuco (Ufpe), Mato Grosso (UFMT) e Universidade de Brasília (UnB).
NOVAS AÇÕES
Durante o lançamento do Inglês sem Fronteiras, que teve a presença de autoridades como o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), Glaucius Oliva, o titular do MEC apresentou, ainda, a forma de pagamento das bolsas do Ciência sem Fronteiras, que será feito por meio de um cartão pré-pago do Banco do Brasil e do Banco do Brasil Américas. Na cerimônia, bolsistas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) e do CNPq receberam os primeiros cartões do programa.
O novo sistema permite o pagamento das bolsas de estudos por meio do crédito em conta-corrente do estudante no exterior. Com ele, a expectativa é reduzir os custos dos bolsistas e eliminar a necessidade de abertura de contas e pagamento de tarifas em bancos no exterior. O cartão pode ser usado em todos os países que aceitam a bandeira Mastercard e possibilita depósitos de outras fontes, como dos familiares, por exemplo.
Em seu pronunciamento Raupp citou ainda outra ação voltada ao sucesso do Ciência sem Fronteiras, que é a recepção dos jovens ao retornarem do exterior. Nesse sentido, o MCTI, informou ele, criou uma estrutura, por intermédio do CNPq, para receber os participantes e dar condições para que tenham oportunidades de trabalho no Brasil, especialmente nas empresas parceiras do programa. “São iniciativas como essas que potencializam o CsF, porque nós queremos não só atingir os objetivos e a metas definidas pela presidenta Dilma Rousseff, mas ir além delas”, concluiu.
Fonte: MCTI, por Denise Coelho