Cientistas revelam que o ar frio tem um cheiro diferente do ar quente
Os odores são produzidos por partículas em suspensão liberadas nos ambientes que nos cercam. Quando nós respiramos, essas moléculas são detectadas por receptores nos nossos narizes. Elas se espalham pelo ar muito mais rapidamente em um ambiente quente. Por isso, os cheiros estão mais disponíveis quando as temperaturas se encontram a níveis mais elevados.
Pamela Dalton, cientista do Monell Chemical Senses Center, na Filadélfia, Estados Unidos, esclarece que, como resultado desse processo, o frio reduz a capacidade das pessoas de detectarem cheiros.
“As moléculas de odores precisam entrar no ar para que possamos sentir seus cheiros. Em um ambiente mais quente, elas estarão mais disponíveis à nossa zona de respiração”, explicou a cientista ao jornal inglês The Telegraph.
Dalton acrescentou ainda que o nariz humano também se encontra em uma melhor sintonia em ambientes de temperaturas mais elevadas. Odores desagradáveis como o expelido em caminhões de colheta de lixo são frequentemente associados ao superaquecimento. O cheiro ganha mais força no verão, quando estamos muito mais sensíveis a todos os odores.
A cientista também lembra que os cheiros também são extremamente variados nos meses do verão, porque, muitas vezes, há mais chuva. A água faz com que as moléculas de odor se tornem mais disponíveis, e fiquem depositadas sobre as superfícies. É por isso que, depois que chove, alguns animais passam horas buscando o cheiro de todos os lugares que veem pela frente.
O processo cientifico que explica a diferença dos cheiros em dias frios e quentes também se aplica a variação de temperatura de comidas e bebidas. Segundo Pamela Dalton, em uma xícara de café, por exemplo, existem centenas de compostos diferentes. Se o alimento estiver frio, apenas alguns compostos estarão disponível para o nariz. Assim, todo o equilíbrio do sabor será diferente.
Fonte: O Globo