CNPq completa 60 anos de fomento à pesquisa
Uma importante instituição de fomento à pesquisa completou no último domingo (17/04) mais um ano de existência. Com seis décadas dedicadas ao desenvolvimento do país, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico teve a sua história homenageada nesta quarta-feira (27/04), em cerimônia realizada no Teatro Nacional, em Brasília. A instituição, que possui em seu banco de dados, mais de 2 milhões de currículos cadastrados, faz parte do avanço tecnológico registrado nas mais diversas áreas da ciência, tecnologia e inovação.
Na comemoração que marcou os 60 anos do CNPq, o ministro da Ciência e Tecnologia (MCT), Aloizio Mercadante, fez um paralelo ao desenvolvimento do Brasil Pós-Segunda Guerra Mundial e a criação do Conselho. “O CNPq surgiu em um momento em que o país precisava buscar mecanismos de desenvolvimento. Era necessário naquele momento estruturar a ciência. E, principalmente, não podia repetir os mesmos erros da primeira guerra mundial. Para se ter uma ideia não imaginávamos que conseguiríamos um dia, voar. Apesar de Santos Dumont já ter obtido sucesso em seus experimentos”, enfatizou.
Para o ministro, a “Casa do Cientista Brasileiro”, assim conhecida por receber de braços abertos cientistas e pesquisadores de todo o país, com tamanha expressão, precisa neste momento começar a pensar nos próximos 60 anos. “O CNPq tem a obrigação de pensar no futuro. Um país que recebeu no último ano mais de 50 bilhões de dólares em investimentos, que é uma potência energética e que possui uma matriz de energia limpa, entre outros atributos, merece ter à disposição instituições como essa”, considerou.
No encontro, Mercadante falou também das necessidades mais emergentes, como, por exemplo, mais pesquisas em etanol, energia nuclear e eólica, computação em nuvem e na democratização do acesso à internet por meio do programa de banda larga do governo federal. “Em todos esses campos, o CPNq pode e deve ser protagonista. Deve ser pensar nas lideranças que vão ditar o avanço do país”, pontuou.
CNPq
O presidente do CNPq, Glaucius Oliva, que assumiu o órgão no início deste ano, fez um balanço do último ano de gestão do Conselho e citou os mais de 80 mil bolsistas atendidos, 70 mil solicitações de pesquisa avaliadas. E, ainda, a criação de 14 mil bolsas de iniciação científica, mil bolsas de produtividade em pesquisa e 4 mil de mestrado e doutorado. Esses números são de 2010.
Oliva destacou ainda o alto índice de investimento que é obtido pelo CNPq. “Hoje, mais de 95% dos recursos arrecadados pela instituição são repassados para a pesquisa. São recursos que fazemos chegar às mãos dos bolsistas. O Conselho tem uma despesa pequena e essa gestão eficiente é também uma conquista que é atribuída aos sucessivos presidentes que o CNPq teve ao longo dos seus 60 anos”, lembrou.
Premiações
Na solenidade de comemoração do aniversário do CNPq teve também o lançamento da 25ª edição do Prêmio Jovem Cientista com o tema “Cidades Sustentáveis”, por meio da assinatura do acordo de cooperação entre o CNPq, a Gerdau, a Fundação Roberto Marinho e a General Electric do Brasil (GE), a mais nova parceira do Prêmio. Foi lançado ainda a 1ª edição do Prêmio de Fotografia Ciência e Arte, que premiará as melhores imagens alusivas à C,T&I.
Na ocasião, três personalidades foram homenageados como pesquisadores eméritos. Foram eles, Zilton Andrade, Evandro Mirra e Gabriel Cohn. O reconhecimento é dado a pesquisadores que prestaram relevantes contribuições ao desenvolvimento científico e tecnológico do país.
Além do ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, e do presidente do CNPq, Glaucius Oliva, participaram da cerimônia, o secretário-executivo do MCT, Luiz Antonio Rodrigues Elias, o ministro da Previdência, Garibaldi Filho; presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Jacob Palis; presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader; e outros.
Fonte: MCT