Confap e Consecti assinam “Carta do Amapá”
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amapá – Fundação Tumucumaque e a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia do Amapá divulgam documento referencial para a Carta do Amapá, sobre o setor de Ciência Tecnologia e Inovação.
A carta, referendada pelo Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap) e pelo Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de CT&I (Consecti) durante o Fórum Nacional dos conselhos em Macapá, tem como objetivo fortalecer o diálogo entre governos, setor produtivo e instituições de educação, ciência e tecnologia e inovação, buscando soluções para os desafios dos negócios sustentáveis da Amazônia.
Entre os principais pontos abordados pelo documento estão o fomento à criação de negócios sustentáveis na Amazônia, a simplificação da legislação e a desburocratização para incentivar o crescimento das micro e pequenas empresas, além do incentivo à integração entre o conhecimento produzido nas universidades e instituições de ciência e tecnologia e os negócios, através de estratégias de transferência de inovação e tecnologia.
A carta também reivindica a facilitação do acesso ao crédito na Amazônia, além do incentivo à pesquisa e desenvolvimento de tecnologias alternativas sustentáveis, capazes de agregar valor aos produtos regionais. A intenção é que a Carta do Amapá seja entregue à presidente Dilma Rousseff.
Leia abaixo trechos da carta na íntegra:
DOCUMENTO REFERENCIAL PARA A CARTA DO AMAPÁ
“SOLUÇÕES PARA OS DESAFIOS DOS NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS DA AMAZÔNIA”
SETOR DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
Introdução
A Amazônia precisa de grandes consensos entre governos, setor produtivo e instituições de educação, ciência e tecnologia e inovação, porque a despeito de seu gigantismo territorial, de sua imensa biodiversidade e de sua importância para o planeta, são raras as conquistas obtidas pelos amazônidas em benefício da Região, resultantes de esforço comum e coordenado. Quando não há alinhamento estratégico, as forças existentes não produzem os efeitos necessários, podendo até anulá-los. Precisamos expressar a vontade e a inteligência da Amazônia, vontade dos principais atores do desenvolvimento em cada Estado, convergindo para uma síntese regional.
O propósito superior que nos anima é exatamente ampliar a integração entre os governos nas esferas federal, estadual e municipal com os empreendedores, a academia e a sociedade como um todo nos Estados da Amazônia Legal, para que nos posicionemos em prol da Amazônia, reconhecendo e priorizar o potencial produtivo, tecnológico, socioambiental, industrial e econômico de nossa Região.
O Programa Amazontech, desenvolvido em sua edição 2012 pelo Sebrae e o Governo do Estado do Amapá, com o protagonismo da Embrapa e a Unifap na condição de co-realizadores, além de outros parceiros institucionais, inclusive os demais Governos dos Estados da Amazônia Legal, visa à disseminação da inovação e tecnologia junto aos negócios que operam no ambiente amazônico e pretende contribuir, dentro de seu escopo de atuação, para mudanças nessa realidade desfavorável e indesejada. Tal posicionamento representa um impulso transformador pragmático na Amazônia que, sem a pretensão de abordar toda a imensidão de seus problemas, assume responsabilidade com um setor nevrálgico – os negócios sustentáveis (foco do Amazontech) da Região (abrangência do Amazontech).
Sendo sua missão “promover ambiência favorável ao empreendedorismo e desenvolver negócios inovadores e sustentáveis no bioma amazônico”, o Programa Amazontech propicia abordagem sistêmica aos negócios da Amazônia, o que inclui políticas públicas, pesquisa aplicada, transferência de tecnologias inovadoras, estratégias de mercado, acesso a crédito, educação e responsabilidade socioambiental, objetivando assegurar competitividade e sustentabilidade aos empreendimentos.
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Fonte: Jornal da Ciência