Coordenador Institucional da Finep elogia qualidade da II Mostratec

Antes da palestra “A importância da Inovação para as Micro e Pequenas Empresas”, do Dr. Tirso Sáens, Diretor do Centro de Desenvolvimento Sustentável da UnB, na abertura da II Mostra de Inovação Tecnológica do Amazonas, Mostratec, o Chefe da Coordenação Institucional da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep),Renato Cislaghi, falou sobre a performance das empresas do Amazonas.

Confira a entrevista na íntegra.

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O senhor esteve presente em Manaus durante a I Mostratec, em 2007, e hoje volta para realizar a “Oficina de Divulgação do Programa Pappe Integração”, nesta quinta-feira, qual a sua avaliação da II Mostratec?

Renato Cislaghi

Os avanços são visíveis, pela qualidade e quantidade dos expositores. Cada vez mais as empresas do Amazonas estão investindo em inovação, lançando e melhorando seus produtos. Isto pode ser comprovado pelo catálogo, lançado hoje, que mostra as empresas contempladas com o financiamento da Finep e FAPEAM. Há uma melhora, tanto na posição das empresas no mercado, quanto na própria exposição.

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Há aumento de interesse do empresariado brasileiro, de modo geral, e do amazonense, em investir em inovação?

Renato Cislaghi

Inovação é igual em qualquer lugar: é a busca do conhecimento para melhor resolver um problema, se posicionar melhor, ter uma estratégia mais forte. O que tem que existir são instrumentos direcionados para cada região, sem a finalidade de competição nacional. A Finep, por exemplo, tem uma proposta de descentralização. O edital, que será lançado no início do próximo ano, prevê uma ação apenas para as regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste. As regiões Sul e Sudeste ficaram de fora.

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Como o senhor avalia o desempenho das três regiões contempladas pelo edital?

Renato Cislaghi

Dentre as três regiões destaco o Estado do Amazonas como o mais avançado em Ciência e Tecnologia. Foi, por exemplo, um dos primeiros estados que aprovaram a Lei de Inovação, o que mais negociou e trouxe recursos da Finep, participando de todos os editais, ou seja, em termos de gestão o Amazonas está fazendo um trabalho bem feito. Por outro lado, a demanda é crescente. No primeiro edital teve 20 empresas, no segundo mais 40 empresas, e provavelmente agora teremos um número bem maior.

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Nesta quinta-feira, 18 de novembro, o senhor vai realizar a “Oficina de Divulgação do Programa Pappe Integração”, as empresas encontram dificuldades em participar de editais de inovação?

Renato Cislaghi

O grau de complexidade não é grande e qualquer empresa pode participar do edital, desde um pequeno negócio, até uma empresa mais solidificada. O que as empresas podem fazer é se prepararem para o edital, revendo seu Plano de Negócios, fazendo pesquisas e contatos com as instituições parceiras que vão ajudar no produto que elas querem. A demanda sendo grande, certamente vamos trabalhar, num futuro, com mais recursos.

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Como o senhor avalia a importância das instituições de pesquisa para o processo de inovação nas empresas?

Renato Cislaghi

Uma empresa não pode deixar de inovar e de gerar conhecimento. Alguns conhecimentos elas têm que buscar fora. Todo projeto que analisamos tem um mixe entre o conhecimento da empresa e o conhecimento que ela busca em Institutos de Pesquisa, Universidades ou Consultorias. É muito difícil ter um projeto que a empresa vai fazer todo o desenvolvimento de seu produto. O papel das Universidades e Institutos de Pesquisa é fundamental e cada vez mais importante para as empresas.

 

Assessoria de Conmunicação/ASCOM