CT&I é o eixo estruturante do desenvolvimento do Brasil
25/01/2012 – A inovação tecnológica deixou de ser uma opção e passou a ser um imperativo para o desenvolvimento do país, afirmou o novo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp. No discurso de posse, ontem (24), no Palácio do Planalto, ele afirmou que pretende ampliar a infraestrutura da ciência e tecnologia, e unir universidades e institutos de pesquisa para desenvolver projetos estratégicos.
“Tenho absoluta consciência da exigência sem precedentes para que a ciência, tecnologia e inovação contribuam para o desenvolvimento do país. O desafio da inovação ganhou novo patamar. Inovação não é opção, é imperativo. O futuro do país depende desse esforço criativo”, ressaltou.
O secretário de Estado de Ciência e Tecnologia do Amazonas, Odenildo Sena, que prestigiou a cerimônia de posse do novo ministro, confirmou seu otimismo com a nomeação de Marco Antonio Raupp para o MCTI. “No discurso de posse Raupp demonstrou enxergar o Brasil além de Brasília ao reconhecer a necessidade de manter e de fortalecer as parcerias com as Fundações de Amparo à Pesquisa e Secretarias de Estado de Ciência e Tecnologia”, afirmou Odenildo. "Raupp enfatizou a importância do trabalho para reduzir as desigualdades regionais e unir os resultados das pesquisas às necessidades de desenvolvimento do país", resumiu o secretário de C&T do Amazonas.
Marco Antonio Raupp substitui Aloizio Mercadante, que tomou posse como ministro da Educação. Na cerimônia de posse, Mercadante defendeu que, além da educação, a ciência, a tecnologia e a inovação também façam parte do eixo estruturante do desenvolvimento do Brasil.
“O Brasil tem que olhar para uma economia verde sustentável e aprofundar ainda mais o processo de distribuição de renda e riqueza. Para isso, a participação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação é decisiva", disse.
C&T no Amazonas
Em 2009, quando esteve em Manaus, Raupp, então presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, defendeu a elaboração de uma proposta para mudanças na legislação para diminuição da burocracia e favorecimento da atividade científica e tecnológica em todo país. Em entrevista para o Jornal A Crítica disse que somente com o suporte da ciência e da tecnologia é que a região Amazônica poderá ter um desenvolvimento sustentado nos aspectos ambiental, sociológico e cultural.
Passados praticamente três anos, há avanços significativos como o Código Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, iniciativa liderada pelos Conselhos Nacionais de Secretários Estaduais para Assuntos de CT&I e das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Consecti e Confap), que desde agosto de 2011 foi entregue ao Senado e à Câmara Federal, onde tramita sob o Projeto de Lei 2.177/2011.
Paralelamente, outro dado reforça o otimismo na área. No Amazonas, o número de doutores aumentou em mais de 400% em 10 anos. Em 2000, eram 372; em 2010, esse número subiu para 1.728.
Estes são somente alguns indícios dos investimentos e da relevância da ciência, tecnologia e a inovação para o país. Muito mais tem sido realizado, o que demonstra a preocupação em viabilizar a pesquisa em sintonia com as demandas de crescimento Brasil.
Crédito Foto 2: Ichiro Guerra
Ciência em Pauta/Sectam, com informações do Portal MCT&I e Jornal A Crítica.