Cursos da Ufam têm nota máxima em avaliação do MEC

Os sete anos de existência do curso de Engenharia da Computação da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) foram suficientes para uma façanha. Ele recebeu a nota máxima na avaliação feita pelo Ministério da Educação (MEC). Assim como ele, o mesmo aconteceu com Odontologia, O fato é notável, segundo o coordenador do curso, professor Waldir Sabino da Silva Júnior, 32, porque dos 3 mil cursos universitários avaliados pelo MEC, apenas 2% recebem nota máxima.

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E se a conta for sobre os cursos de engenharia, apenas seis tiveram uma nota semelhante. “Ficamos felizes com a nota, mas só ela não traduz a dimensão dessa avaliação porque temos uma média de 3 mil cursos de graduação em todo o País dos quais apenas, 2% dos cursos de todas as áreas receberam nota 5. Se formos extrair as engenharias, apenas seis cursos tiveram essa nota”, observa ele, citando o rigor da avaliação do MEC, que é bem abrangente. Segundo o professor, eles avaliam três dimensões: organização didático-pedagógica, corpo docente e infraestrutura, que é a mais completa porque os avaliadores vêm e vasculham tudo, desde a documentação, laboratórios e conversam com alunos e professores, que têm liberdade para fazer o que quiserem.

O curso tem uma grande penetração no mercado de trabalho graças à parceria existente com o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Tecnologia Eletrônica e da Informação (Ceteli), que busca recursos com as empresas para formar profissionais na área necessitada pelas empresas. Nesses sete anos, o curso formou cinco turmas com, aproximadamente, 210 profissionais no mercado. O curso, que foi coordenado durante seis anos pelo professor Vicente Ferreira de Lucena Júnior, apresenta um baixo índice de evasão porque há um cuidado especial com os graduandos. “Fazemos acompanhamento dos alunos que, ao entrarem, participam de palestras com professores mais antigos e com os mais novos e têm um período para adaptação já que o curso é considerado difícil”, argumenta Waldir. Esse foi um dos pontos destacados na avaliação do MEC.

Outro diferencial foi a infraestrutura. Todas as disciplinas são ministradas nos 12 laboratórios do curso, dos quais cinco são do Ceteli, cujo diretor, professor Cícero Costa Filho, reconhece a importante da parceria na coordenação de um número significativo de projetos e pesquisadores para desenvolvimento de pesquisas em tecnologia eletrônica e da informação. Os projetos são financiados por órgãos como o Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq), Finep, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e indústrias do Polo Industrial de Manaus. Ele cita, ainda, a parceria com a empresa Nokia, onde os estudantes desenvolvem 24 projetos.

Fonte: Acrítica.com, por Ana Celia Ossame