ATLAS DOS CIENTISTAS

Dedicou seus estudos à ecologia vegetal

Leda Dau nasceu em 1924 em Juiz de Fora, Minas Gerais. A família de origem libanesa imigrou para o Brasil no início do século XX, cursou o primário numa escola pública no bairro onde residia, ingressou no Ginásio Arte e Instrução, em Cascadura, uma escola particular, e fez científico no Colégio Pedro II, no centro do Rio. Ali, tomou gosto pelas ciências, o que a levou, em 1949, ao curso de História Natural da Faculdade Nacional de Filosofia (FNFi), da Universidade do Brasil, onde diplomou-se licenciada e bacharel em 1953.

A jovem estudante ingressou no Museu, em 1951, como estagiária não remunerada no Serviço de Ecologia, recém-instituído por Fernando Segadas-Vianna, pesquisador da Divisão de Botânica, que inaugurava então uma linha de trabalho original, dedicada ao estudo da ecologia vegetal. Integrado à Divisão de Botânica em 1956, o Serviço também previa o treinamento e a formação de ecologistas.

Iniciou o estágio aprendendo a lidar com o herbário, e a identificar plantas com o microscópio. Em seguida, ela e outros jovens estudantes foram recrutados para atuar em um projeto de pesquisa graças ao financiamento e a bolsas concedidos pelo CNPq.

Após a finalização desse projeto, Leda mudaria seus interesses de pesquisa, substituindo o estudo de microclimas pelo estudo de sementes, especificamente as cactáceas de restinga, tema que desenvolveria sob a orientação de Luiz Gouvêa Laboriau, biólogo reconhecido internacionalmente pela expertise em germinação de sementes. Foi em seu laboratório no Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Brasília (UNB), equipado com câmaras de germinação de que o Museu não dispunha, que Leda realizou suas primeiras experiências com as cactáceas.

Fonte: CNPq