Desenvolvimento sustentável e tecnologias modernas são destaque em Conferência

 

Discutir o desenvolvimento sustentável para proporcionar qualidade de vida em uma época de descobertas e tecnologias cada vez mais modernas, como a nanotecnologia, chamou a atenção de estudantes e pesquisadores durante a 2ª. Conferência Regional de Ciência Tecnologia e Inovação, realizada em Belém (PA) na última semana.

 

O tema focado no eixo temático Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação em Áreas Estratégicas foi desenvolvido na palestra Materiais verdes, nanotecnologia e conhecimento avançado em materiais tradicionais: tecnologias do século 21, pelo secretário Adjunto da Sect do Amazonas, Waltair Vieira Machado, que é pesquisador na área de tecnologia.

 

Machado contextualizou a importância das novas descobertas tecnológicas como inovações que devem ser usadas em favor da sociedade e do desenvolvimento. Ele enfatiza que é fundamental a criação e consolidação de políticas públicas de proteção à vida e ao meio ambiente, considerando que o bom uso das tecnologias emergentes ajuda muito no conhecimento da biodiversidade e potenciais da Amazônia. “Precisamos ter responsabilidade com a tecnologia que nós criamos. Não podemos parar de conhecer, de estudar de fazer as coisas, mas o principal é desenvolver com coerência, consistência, cuidado e responsabilidade” afirmou o secretário.

 

Ele baseou sua explanação conforme o conceito da Organização das Nações Unidas (ONU), endossando que “o desenvolvimento sustentável busca satisfazer as necessidades do presente sem comprometer as habilidades das gerações futuras em busca de suas próprias necessidades”.

 

Conversão de proteínas vegetais em plásticos biodegradáveis; uso de fibras para a substituição do aço na construção civil e aproveitamento dos “materiais verdes” (ecologicamente amistosos extraídos de fonte renovável como água, vegetais etc) são os exemplos práticos da aplicação da nanotecnologia e que são reconstruídos a partir dos átomos, tijolos básicos da natureza.

 

Machado destaca que o aproveitamento completo das tecnologias é efetivo pela interação das áreas do conhecimento. “As fronteiras entre a química, física e biologia estão se acabando. Hoje já não se concebe mais uma tecnologia de ponta que não envolva todas as áreas ao mesmo tempo. As preocupações estão se interligando, as barreiras estão se dissipando para trabalharem por objetivos comuns: utilizar as tecnologias emergentes voltadas à qualidade de vida e da saúde humana”, arremata.