Diagnóstico precoce ajuda pacientes com Alzheimer no Amazonas

CIÊNCIAemPAUTA, por Adriana Pimentel

Junto com o envelhecimento da população mundial vieram também muitas patologias provenientes desta faixa etária, como por exemplo, a doença de Alzheimer que é a principal causa de demência em pessoas com mais de 65 anos.

Avanços consideráveis em pesquisas buscam formas de diagnosticar a doença precocemente, ou seja, antes que a pessoa manifeste os sintomas. O exame do líquido cefalorraquidiano é uma delas, pois analisa o aumento de uma proteína denominada de beta-amilóide que vai se acumulando em placas no meio extracelular. A diminuição da proteína Tau também é outro fator de diagnóstico, pois determina uma falha de comunicação entre os neurônios e, posteriormente, a morte das células.

Segundo o professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e chefe da residencia em Neurologia do Hospital Universitario Getulio Vargas, Dr. Massanobu Takatani, o diagnostico precoce do Alzheimer possibilita que o paciente inicie o tratamento mais cedo e consiga conviver melhor com a doença.

Atualmente, as drogas utilizadas têm a finalidade de ajudar os pacientes a manter a habilidade e preservar, por mais tempo, a capacidade de relacionar-se com os familiares e amigos. As medicações que atuam diretamente na doença são caras e de uso prolongado, mas estão à disposição da população, gratuitamente, pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Amazonas.

Dr. Massanobu Takatani no ambulatório Araújo Lima do Hospital Universitário Getúlio Vargas. Foto: CIÊNCIAemPAUTA

Dr. Massanobu Takatani no ambulatório Araújo Lima do Hospital Universitário Getúlio Vargas. Foto: CIÊNCIAemPAUTA

“Em um período breve, as drogas para aumentar a sobrevida dos neurônios poderão estar disponíveis. As perspectivas são bastante promissoras”explicou Takatani.

Pesquisas revelam ainda que o Alzheimer, doença neurodegenerativa, é mais recorrente em mulheres, porém, ainda não se sabe ao certo a causa tendência de gênero.

CUIDANDO DO PACIENTE

O Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV) atende cerca de  30 a 40 pacientes com doenças demenciais por semana, sendo necessária a ajuda de uma equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos e assistentes sociais,  entre outros profissionais, para dar apoio não somente  ao paciente, mas também para os familiares que também são impactados pelas consequências e impactos da oença.

O médico enfatiza, ” O cuidador precisa manter o paciente feliz, além de participar de atividades recreativas”. Uma informação importante é que o Estado, por meio da Central de Medicamentos do Amazonas (CEMA), disponibiliza  toda  o tratamento e medicação necessária aos pacientes com Alzhimer.

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Fonte: CIÊNCIAemPAUTA, por Adriana Pimentel