Divulgação Científica da FAPEAM é tema de debate na 65ª SBPC

Agência CT&I Amazonas, por Carlos Fábio Guimarães

Edilene Mafra, coordenadora do Programa de Comunicação Científica da FAPEAM. Foto: Agência CT&I Amazonas/Carlos Fabio

Recife (PE) – Apesar de ser novo – com apenas sete edições – o Programa de Comunicação Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) tem um papel de destaque no cenário nacional relativo à divulgação científica produzida pelas Fundações de Amparo à Pesquisa do Brasil.

A afirmativa ficou evidente durante a apresentação da mesa-redonda ‘A divulgação científica e a Fundações de Amparo à Pesquisa’, que ocorreu na tarde desta quarta-feira (24), como parte da programação da 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). No evento, representantes de comunicação dos Estados do Amazonas (AM), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Minas Gerais (MG) explanaram sobre as atuações de suas instituições no âmbito da divulgação da ciência.

A FAPEAM é a mais nova em relação às Fundações de Amparo de SP, RJ e MG. Entretanto é a que apresenta um projeto de divulgação científica mais consistente e inovador em relação às demais. Para alcançar tal posto, a Fundação, em parceria com a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI-AM), oferece editais específicos com bolsas de pesquisa visando estimular profissionais e estudantes a atuarem na divulgação de ciência, para criar vocações na área.

Um dos pontos de destaque da Fundação é a especialização em jornalismo científico, criada pela FAPEAM/SECTI-AM em conjunto com o Instituto Leônidas e Maria Deane/Fiocruz Amazônia e o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), que capacita profissionais no campo da divulgação científica e contribui na criação de uma cultura em divulgação científica na Região Norte.

Outro diferencial da FAPEAM são os encontros promovidos entre jornalistas e cientistas. O objetivo é diminuir a tensão existente entre as duas áreas, no sentido de se reconhecer que é necessária a divulgação da pesquisa do profissional da ciência, todavia, com um entendimento de mais qualidade por parte do profissional do jornalismo.

Foto: Agência CT&I Amazonas/Carlos Fábio Guimarães

Mafra (à esquerda) mostrou os inúmeros produtos elaborados pela Fundação. Foto: Agência CT&I Amazonas/Carlos Fábio Guimarães

PRODUTOS DA FAPEAM, FAPESP, FAPERJ E FAPEMIG NA DIVULGAÇÃO DA CIÊNCIA

A coordenadora do Programa de Comunicação Científica da FAPEAM, Edilene Mafra, mostrou os inúmeros produtos elaborados pela Fundação. O ponto inovador foi o aplicativo para acessar a revista Amazonas Faz Ciência, via tablet.

Os produtos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) são os que têm mais alcance e, também, o site da instituição tem sua versão em inglês. Como exemplo, a jornalista Graça Mascarenhas, afirmou que o Boletim Fapesp possui 7 mil assinantes, sendo que deste universo, 1,2 mil são jornalistas. “Isso significa dizer que nosso material é reproduzido em outro sites”, comentou.

As Fundações de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro e de Minas Gerais (Faperj e Fapemig) mostraram suas ações de destaque no cenário das FAPs. A jornalista Luiza Massarani, da Faperj, contextualizou o crescimento da popularização da ciência, a partir de 2003, com a criação de departamentos no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a abertura de editais específicos em divulgação científica pela Faperj. Já a representante da Fapemig, Vanessa Fagundes, apresentou um panorama do cenário brasileiro das FAPs e destacou a revista de divulgação científica produzida pela instituição.

Agência CT&I Amazonas, por Carlos Fábio Guimarães