Embrapa demonstra tecnologias agroflorestais no sul do Amazonas
Demonstrar tecnologias que possam recuperar áreas degradadas e ao mesmo tempo oferecer opções produtivas que tragam ganhos econômicos aos agricultores e pecuaristas é uma estratégia que está sendo trabalhada pela Embrapa Amazônia Ocidental em quatro municípios do sul do Amazonas, localizados em áreas de forte pressão de desmatamento.
Estão sendo implantadas 12 unidades demonstrativas, que servirão para apresentar na prática como o produtor pode implantar os sistemas de Integração Lavoura Pecuária Floresta, Pastejo Rotacionado e Sistemas Agroflorestais. Nas unidades demonstrativas em fase de implantação nos municípios de Apuí, Novo Aripuanã, Lábrea e Boca do Acre serão realizadas capacitações e os produtores deverão atuar como multiplicadores das tecnologias.
Essas ações nos municípios de Apuí, Novo Aripuanã, Lábrea e Boca do Acre são resultado de uma articulação entre ações de dois projetos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) na Amazônia e de um projeto do Governo do Amazonas.
Os projetos da Embrapa são “Rede de intercâmbio e transferência de conhecimentos e tecnologias agroflorestais na Amazônia” e “Rede de transferência de tecnologias de sistemas produtivos sustentáveis para os municípios da Operação Arco Verde na Amazônia Legal”, que são liderados pela Embrapa Amazônia Oriental e envolvem as demais unidades de pesquisa da Embrapa na região norte.
Ambos projetos tem entre seus objetivos implementar ações de transferência de tecnologias agroflorestais na Amazônia para agentes multiplicadores (técnicos da assistência técnica e extensão rural e produtores) para a adoção de sistemas de produção e práticas de manejo sustentável dos recursos naturais que visem à recuperação das áreas degradadas da região amazônica.
As ações desses projetos da Embrapa convergem com objetivos do Governo do Estado do Amazonas, no projeto “Reflorestamento em áreas de intensa pressão de desmatamento no sul do estado do Amazonas”, sob gestão da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS).
Através deste projeto foi feito convênio com o Instituto Amazônia, uma organização não governamental, que foi selecionada em chamada pública e contratada pelo Governo do Estado para auxiliar nas ações de recuperação de áreas degradadas.
Por sua vez, o Instituto Amazônia buscou na Embrapa Amazônia Ocidental (AM), expertise para contribuição no projeto, que tem três componentes: Gestão ambiental, Ordenamento Territorial e Fundiário, e Desenvolvimento Sustentável. A Embrapa atua neste último componente, com foco em atividades econômicas sustentáveis com reflorestamento.
O pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Jeferson Macedo, que coordena as atividades da Embrapa em relação a esses projetos nos municípios do Amazonas, explica que Apuí, Novo Aripuanã, Lábrea e Boca do Acre são os municípios contemplados, por apresentarem altas taxas de desmatamento em seus territórios e pela pressão de ocupação, extração madeireira e atividades agropecuárias pouco sustentáveis.
Diante disso, a Embrapa Amazônia Ocidental priorizou, para implementação nos municípios, unidades demonstrativas das seguintes tecnologias agroflorestais – sistema de Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF), sistema de Pastejo Rotacionado e Sistemas Agroflorestais – que podem servir como alternativa para conciliar a produção agrícola e recuperação de áreas degradadas. Saiba mais sobre esta tecnologia no site da Embrapa.
Fonte: Embrapa Amazônia Ocidental