Embrapa propõe técnicas para aproveitamento de pasto

Na pecuária leiteira, a produção de forragem (planta ou grão usada na alimentação do gado) é responsável, em média, por 60% a 70% do custo de produção. Uma das opções mais baratas, portanto, é a produção de leite a pasto, sistema de produção de leite em que o gado vai buscar seu alimento no pasto, ou seja, o capim não é fornecido aos animais no cocho.

Nesse contexto, o manejo adequado da pastagem constitui uma das opções mais econômicas e deve preceder a adubação, a irrigação ou outras tecnologias que possam ser adotadas de acordo com cada propriedade. Além disso, para melhor aproveitamento do pasto, a técnica da subdivisão da pastagem se mostra um complemento interessante. Este é o tema do Prosa Rural, desta semana, que conta com a participação da Embrapa Rondônia (Porto Velho/RO).

A subdivisão da pastagem deve ser utilizada independente do sistema de pastejo adotado, seja contínuo ou rotativo, e favorece a utilização mais racional do pasto. Para os produtores que buscam maior eficiência no aproveitamento de forragem para o seu rebanho leiteiro, é necessário, primeiramente, adequar o número de cabeças ou da unidade animal (450 kg de peso vivo) em relação à área e à pastagem produzida.

De acordo com a Embrapa Rondônia, o manejo adequado da pastagem necessita de subdivisão adequada. Para pequenas áreas, o pastejo rotativo intensivo ou semi-intensivo permite melhor aproveitamento do pasto. Em áreas maiores, há a limitação de custo da cerca, quando se utiliza muitos piquetes, caso em que normalmente são adotados os sistemas de pastejo contínuo ou rotativo.

Há tabelas disponíveis com intervalos de descanso e de ocupação de acordo com cada gramínea, além de alturas adequadas de entrada e saída. As alturas ou massa de forragem em quilogramas são os melhores critérios para definir o tempo de permanência dos animais em todos os sistemas de pastejo. A principal vantagem da subdivisão da pastagem é permitir o diferimento adequado, além de maior eficiência de colheita da forragem.

Esse manejo facilita também o controle de ervas daninhas, controle de carrapatos, evita o superpastejo – ocasião em que o pasto fica exaurido e não consegue mais rebrotar com o mesmo vigor – e o subpastejo, ocasião em que a pastagem fica lignificada, isto é, com muitos colmos e folhas secas, perdendo valor nutritivo. A subdivisão de pastagem adequada permite ainda a economia na suplementação, especialmente durante o período seco, por permitir melhores condições da pastagem, que constitui o alimento mais barato na produção de leite. Por fim, outra vantagem indireta é evitar coberturas indesejáveis ou brigas entre animais de diferentes categorias, devido à separação dos mesmos.

Saiba mais sobre a subdivisão da pastagem para melhor aproveitamento do pasto ouvindo o Prosa Rural, o programa de rádio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. O programa conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Fonte: Embrapa