Empresa inova e oferece alternativas de medicamentos para nutrição parenteral no AM

30/08/2012 – A farmacêutica Gisele Auad teve várias experiências profissionais ao longo da carreira, mas nenhuma delas se comparava ao sonho de ser tornar uma empreendedora. Em 2008, o sonho tornou-se realidade. Após agregar conhecimento, surgiu à ideia de ter o próprio negócio e um produto que tivesse um diferencial no mercado.

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Assim, surgiu a Nutricêutica, com a proposta de apresentar medicamentos especializados, a partir da junção de novas tecnologias e a eficácia nos procedimentos produtivos, visando atender pacientes de diversas faixas etárias internados na rede hospitalar de Manaus. Na última reportagem da série sobre empresas incubadas, o leitor do CIÊNCIA em PAUTA conhecerá mais sobre este empreendimento.

Os medicamentos são feitos para a nutrição parenteral, que engloba o tratamento realizado fora da via oral, pelo uso de substâncias injetáveis. Segundo Gisele, o desafio é apresentar um medicamento seguro, livre de contaminação, para um público especial que necessita de atenção específica e diferenciada. “Funcionamos como uma farmácia de manipulação. O médico prescreve a medicação do paciente internado e fazemos uma avaliação da prescrição para saber se ela é passível de ser preparada”, destacou.

O mercado é considerado promissor na região Norte. A Nutricêutica funciona em uma pequena estrutura instalada no Centro de Incubação e Desenvolvimento Empresarial (CIDE), em Manaus. A empresa está em processo de incubação e ainda não tem prazo para deixar de ser residente no CIDE, porém, segundo a farmacêutica, o negócio tem grande possibilidade de expansão.

Atualmente, os principais clientes da Nutricêutica são os hospitais da rede pública de Manaus. “Trabalhamos com alguns hospitais e maternidades, mas estamos aptos para atender qualquer tipo de hospital, até mesmo em outros municípios, desde que respeitados a logística de entrega dos medicamentos”, disse.

Burocracia dificulta, porém vontade de empreender é maior

Apesar do tempo, a Nutricêutica começou a fornecer medicamentos recentemente. A burocracia para adquirir o licenciamento e a preparação da estrutura dificultou à oferta de serviços para os primeiros clientes. “O processo burocrático demorou cerca de oito meses. Outra dificuldade foi a questão da localização para recebermos insumos e equipamentos vindos de estados como Rio de Janeiro e São Paulo”, afirmou Gisele.

Mesmo com as barreiras, a empresária viu uma oportunidade para investir no mercado em expansão, tendo em vista a pequena quantidade de empresas do segmento em todo o país. “No país inteiro, há um número pequeno de empresas, até por conta do público específico. Então, existe lugar para todo mundo e a concorrência é sempre saudável. Sempre buscamos uma melhoria para oferecer ao mercado”, pontuou.

Processos inovadores

Na avaliação de Gisele Auad, o diferencial da empresa está na eficácia dos processos a partir do uso de novas tecnologias. Segundo a empreendedora, a Nutricêutica apresenta ambientes seguros e possui um procedimento especializado para a elaboração dos medicamentos. “Investimos na inovação com a realização de processos que levam a resultados satisfatórios”, relatou.

A farmacêutica define os processos empregados na Nutricêutica como manuais e automatizados, sempre buscando a formulação de medicamentos de qualidade. “Buscamos por resultados isentos de contaminação, produtos seguros. A nossa inovação está na diferenciação que usamos nos processos e procedimentos, padrão da nossa área de trabalho”, disse.

Incubadora é fundamental

A empresária também destacou a oportunidade de estar vinculada a uma incubadora. Segundo Gisele, além da formalização do negócio e auxílio no gerenciamento das ações, o ambiente é favorável para o crescimento da empresa. “Precisamos elaborar um plano de negócios e começar de uma forma mais objetiva e estruturada. Conseguimos ter um molde de pequeno empresário e um apoio maior para a área de gestão”, salientou.

O momento de deixar o CIDE ainda é uma incerteza para Gisele, mas a equipe se mostra confiante no sucesso e independência. “Fizemos uma reformulação do plano de negócios. Cumprindo o nosso prazo, esperamos ter condições de sair para uma área própria”, comentou.

Fonte: Ciência em Pauta/ SECTI-AM, por Vanessa Brito.