Empresas inovadoras garantem autonomia e redução de gastos

Nas décadas de 60 e 70 as empresas que dependiam de equipamentos tecnológicos preferiam exportar as máquinas do que aplicar recursos em pesquisas para desenvolver os próprios aparelhos. Atualmente, com as taxas de juros e os incentivos fiscais dados pelo governo Federal a melhor opção é investir na pesquisa e na inovação. A Vale, uma das maiores empresas de mineração do mundo, é responsável por 4% do consumo total de energia do País. Pensando em diminuir os gastos e oferecer novas fontes de energia, foi criada a Vale Soluções em Energia (VSE). Segundo o diretor-presidente da VSE, James Pessoa, a previsão é a de que sejam investidos U$ 700 milhões entre 2008 e 2012 para a criação de uma plataforma de tecnologia inovadora.

A empresa é uma das beneficiadas pela Lei do Bem, que prevê incentivos fiscais a empresas que desenvolverem inovações tecnológicas. “Desenvolvemos principalmente tecnologias de gaseificação, turbinas a gás e a vapor e motor de combustão interna”, listou Pessoa. “Os incentivos fiscais são excelentes formas de garantir que a pesquisa tecnológica e a inovação faça parte do cotidiano da empresas. E o melhor é que não dependemos de nenhuma outra empresa.”

Para receber os incentivos tributários, as empresas devem preencher um formulário informando os gastos com pesquisa e desenvolvimento. Em 2008, as empresas participantes somaram R$ 8,1 bilhões. A renúncia fiscal da Receita Federal foi de R$ 1,54 bilhão. Os setores que mais se beneficiaram com a lei foi o de mecânica e transporte.

A ciência, tecnologia e inovação (CT&I) nas empresas foi discutida nesta quarta-feira (28) na 62ª reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O tema também é umas das prioridades do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).

Fonte: Portal do MCT